A Copa da Floresta Amazônica. Esse é o principal apelo de Manaus para se tornar uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Como principal concorrente do estado, está Belém do Pará, que sai na frente por causa do estádio Machadão, em melhores condições que o Vivaldão. O governo amazonense, porém, está disposto a investir alto para ter o direito da competição.


 


“A revitalização do estádio Vivaldo Lima (o Vivaldão) tem orçamento previsto em R$ 400 milhões e o investimento total em infra-estrutura da cidade deve ser em torno de R$ 2 bilhões e virá de uma ação conjunta dos governos federal, estadual e municipal”, afirmou Francisco Dissica, presidente da Federação Amazonense de Futebol.


 


Outra arma do Amazonas é uma estratégia muito semelhante à de Recife e de Olinda. Manaus quer aproveitar sua proximidade com os Estados Unidos (apenas quatro horas separam a cidade do país americano) como um de seus trunfos.


 


Dissica também quer utilizar a Floresta Amazônica em sua campanha. Para o dirigente, Manaus é uma das cidades mais importantes do mundo por ser a capital do estado que tem a maior parte de uma das maiores florestas do mundo.


 


A rivalidade com Belém aumentou principalmente após o anúncio do ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., que avisou que a região amazônica terá pelo menos uma sub-sede. A alegação do responsável pela pasta é que a localização, assim como a do Pantanal, são importantes pontos turísticos brasileiros.


 


Orçamento alto


 


Contra o projeto vem os altos investimentos que terão de ser feitos pelos dirigentes amazonenses. Um exemplo disso é o custo da reforma do Vivaldão. Enquanto obras como a da Arena de Florianópolis custará R$ 150 milhões, o palco de Manaus tem o orçamento de 400 milhões. Com isso, o plano dos organizadores será buscar investimentos no setor privado, com construtoras europeias. Esta é provavelmente mais um trunfo amazonense.


 


No quesito infra-estrutura, a situação é ainda mais complicada. A cidade prevê gastos de R$ 2 bilhões, orçamento bem maior que o da “arquirrival” Belém, que pretende investir cerca de R$ 233 milhões com reformas na cidade.


 


 


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Especial Cidades da Copa: Manaus usa Floresta Amazônica para participar do Mundial