Thomas Shannon, nomeado pelo Governo do presidente Barack Obama como novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, apontou nesta quarta-feira as energias renováveis como fonte de cooperação entre os dois países.

Shannon, que ocupou nos últimos anos o cargo de secretário de Estado adjunto para a América Latina, compareceu ao Comitê de Relações Exteriores do Senado, em sua audiência de confirmação. Disse ter os objetivos de identificar os componentes da cooperação bilateral, as novas oportunidades, a mudança climática, a segurança e a cooperação regional.

Shannon assinalou que são muitos os pontos de interesse comum entre os dois países e lembrou que a reunião entre Obama e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou essa relação.”Temos que deixar claro que os EUA continuam sendo parceiro principal do Brasil”, declarou.

Shannon afirmou que o biocombustível “é um exemplo de ajuda aos países em desenvolvimento, para que gerem fontes de recursos próprios” e que o desenvolvimento de novos combustíveis abre novas vias de cooperação.

O presidente Obama assegurou, em março, que os EUA “têm muito a aprender com o Brasil” no campo das energias renováveis e prometeu “redobrar” esforços de seu país sobre o assunto.

Shannon, que será substituído no Departamento de Estado pelo acadêmico e ex-alto funcionário de origem chilena Arturo Valenzuela, é um diplomata de carreira e uma figura muito conhecida em toda a América Latina. Sua carreira diplomática começou em 1984, quando prestou serviços como assessor especial do presidente George W. Bush e foi diretor de Assuntos do Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança da Casa Branca, entre 2003 e 2005.

Além disso, foi diretor de assuntos interamericanos do Conselho de Segurança Nacional, entre 1999 e 2000, e assessor político na embaixada americana em Caracas, entre 1996 e 1999. Foi ainda assessor especial do embaixador dos EUA em Brasília, de 1989 a 1992.


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Energias limpas são fonte de cooperação entre EUA e Brasil, diz embaixador