As faturas que os consumidores pagam pela energia terão de ser elevadas para que as empresas do setor façam os investimentos necessários para reduzir as emissões de CO2, segundo o presidente de Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán.

O presidente da maior empresa europeia geradora de energia eólica e a segunda nos Estados Unidos por meio de sua filial Iberdrola Renováveis afirma em declarações publicadas nesta quarta-feira no jornal britânico Financial Times – nos corredores da conferência sobre mudança climática em Copenhague – que os consumidores deveriam “pagar mais e consumir menos”.

Galán expressa também a sua esperança em que sua empresa receba US$ 470 milhões de financiamento adicional para seus projetos de energias renováveis nos Estados Unidos, após ter obtido neste ano US$ 600 milhões, o que a transforma na maior receptora desse tipo de estímulos.

O presidente assinala que a indústria terá de fazer enormes investimentos para acometer as mudanças como querem os políticos. As mudanças incluem o desenvolvimento de uma geração de energia baixa em CO2 como a eólica e a nuclear, assim como na equipe técnica destinada para aumentar a eficiência energética como redes e contadores inteligentes.

“Estas coisas custam dinheiro. Que preço tem que ter a energia? O preço que permita transformar a combinação das distintas energias em um país”, define o empresário espanhol.

No Reino Unido, onde Iberdrola também atua depois da aquisição, em 2007, da empresa Scottish Power, Galán assinala que faltam investimentos de 220 bilhões de euros só em infraestrutura. Iberdrola projeta uma despesa de entre 4,5 bilhões e 5 bilhões de euros o próximo ano, quantia similar a deste ano, mas abaixo dos 6,7 bilhões de euros do ano passado.


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Energia "verde" custará mais ao consumidor, diz o presidente da Iberdrola

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