Representantes da indústria petrolífera disseram hoje durante um fórum em Londres que os combustíveis fósseis continuam necessários e que interromper seu uso não será possível nem em curto, nem em médio prazo, apesar da crescente preocupação com o aquecimento global.

Durante o evento, realizado ontem e hoje na capital do Reino Unido, o setor se mostrou cético diante da possibilidade de que as fontes alternativas de energia sejam suficientes para garantir o abastecimento.

O primeiro a abrir fogo foi o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o líbio Abdala El Badri, que durante seu discurso criticou o uso da energia nuclear e dos biocombustíveis.

“Podem passar seis ou sete anos destinando sua comida à produção de energia, mas não mais”, afirmou Badri, que defendeu a produção de um petróleo mais “verde”.

Badri estava ao lado do presidente da Agência Internacional de Energia (AIE), Nobuo Tanaka, defensor da energia nuclear e das fontes renováveis e que, no entanto, também admitiu que o mundo “precisará de petróleo” agora e no futuro.

“Por mais que invistamos em eficiência energética, precisamos de petróleo”, disse Tanaka.

Para Tony Hayward, diretor-executivo da petrolífera britânica BP, os combustíveis fósseis cobrirão quase 80% das necessidades energéticas mundiais em 2030, segundo as projeções usadas pela companhia.

Durante o fórum, diversos especialistas disseram que países emergentes como Brasil, México, Índia e China podem influir significativamente na demanda de petróleo.


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Empresas de petróleo defendem seu produto, apesar das mudanças climáticas

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