Empresários espanhóis abriram hoje, em São Paulo, um seminário que analisará as oportunidades de investimento nas infraestruturas que deverão ser construídas para a Copa do Mundo de 2014, a ser sediada pelo Brasil.
O presidente da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil, Eugenio Cabanes, disse à Agência Efe que o 2º Seminário sobre Infraestruturas, além de “pôr empresários espanhóis e empresários brasileiros em contato”, pretende promover “acordos bons para o Brasil e a Espanha”.
Segundo as autoridades brasileiras, para a Copa do Mundo do Brasil será necessário melhorar a infraestrutura aeroportuária e a rede de estradas do país, construir ou adaptar estádios às normas da Fifa e expandir a oferta hoteleira nas 12 cidades que receberão as partidas.
“Obviamente, o Mundial de 2014 vai gerar muitos investimentos e nós, empresários espanhóis, queremos dizer: ‘Estamos aqui e queremos acompanhar o crescimento'”, comentou Cabanes.
Para o espanhol, a conjuntura atual é “boa” para que “os investimentos de empresas espanholas no Brasil se multipliquem”.
Cabanes também antecipou à Efe que as autoridades espanholas no Brasil estudam a organização de “um grande seminário” para mostrar a experiência dos Jogos Olímpicos de Barcelona, realizados em 1992.
“Seria um evento ambicioso”, acrescentou, destacando que a capital catalã é constantemente apontada como exemplo de como aproveitar as infraestruturas de um grande evento para melhorar a vida da população.
O embaixador da Espanha no Brasil, Carlos Alonso Zaldívar, também falou da experiência de seu país na organização de grandes eventos e em aproveitar as infraestruturas como um legado “útil”.
“A Espanha soube aproveitar a Copa do Mundo de 1982, a Expo de Sevilla, dez anos depois, e os Jogos de Barcelona, no mesmo ano, para transformar suas cidades, recuperar zonas degradadas, corrigir erros e melhorar a qualidade de vida”, destacou Zaldívar.
Segundo o diplomata, o Mundial de 2014 “transformará o Brasil na vitrine do mundo” e pode proporcionar “uma mudança positiva na vida dos cidadãos”.
Segundo Zaldívar, “a Copa passa, mas as obras ficam, e para que permaneçam (sendo utilizadas) é necessário um grande esforço de planejamento”.
Além de autoridades espanholas e brasileiras, participam do seminário especialistas em financiamento, segurança e planejamento.