Cerca de 300 mil postos de trabalho com carteira assinada foram criados no primeiro semestre deste ano, um número bem abaixo dos 1,36 milhão de novos postos gerados no primeiro semestre de 2008 e mesmo das 561 mil vagas de 2003, época de estagnação econômica. Isso representa o pior resultado dos últimos 10 anos.

Até maio, o saldo entre contratações e demissões estava em 180 mil postos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na terça-feira (14) que em junho foram abertos 136 mil novos postos de trabalho. No entanto, segundo apuração do jornal O Estado de S. Paulo, o dado de junho ficou abaixo das estimativas dos analistas de mercado de trabalho.

Projeções indicavam para a criação de 200 mil vagas em junho. E, na divulgação do Caged de maio, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) chegou a estimar a criação de 350 mil a 400 mil vagas no primeiro semestre.

Lupi disse que mantém a meta de que o País vai criar 1 milhão de postos de trabalho este ano. “O segundo semestre deve ser muito forte para o emprego. Os setores automotivo e da linha branca batem recorde de vendas graças aos incentivos do governo federal.”

Os economistas projetam que a taxa de desemprego no País pode chegar a 8,7% este ano, acima dos 7,9% de 2008, o nível mais baixo desde 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) modificou a base de dados.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) devem ser divulgados na quinta-feira (16).


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Emprego teve pior semestre em 10 anos no País

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