O nível de emprego na indústria brasileira desceu 2,5% em janeiro em comparação com o mesmo mês do ano passado, a maior queda desde que o indicador começou a ser medido, em 2001, informou nesta quinta-feira (12/03) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em relação a dezembro, o número de pessoas empregadas nas fábricas caiu 1,3% em janeiro, o quarto mês consecutivo de baixa.

O nível de trabalho na indústria vem diminuindo desde outubro do ano passado. Segundo o Instituto, a redução do emprego é compatível com a redução da produção industrial desde esse mês. De acordo com dados oficiais, a economia brasileira se retraiu 3,6% no último trimestre do ano passado em relação aos três meses anteriores em decorrência, principalmente, da queda da produção industrial no período.

A produção das fábricas caiu 7,4% no último trimestre do ano passado. A tendência negativa se manteve no primeiro mês do ano, quando o setor teve o pior janeiro nos últimos seis anos, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

São Paulo
Segundo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo) divulgados também nesta quinta-feira (12/03), cerca de 200 mil postos de trabalho foram fechados na indústria paulista até fevereiro.

Do início da crise, em outubro do ano passado até
fevereiro, os dados do nível de emprego da indústria paulista apontam
para a demissão líquida (demissões menos contratações) de 236,5 mil
pessoas.

Os números mostram que, nos últimos cinco meses, cerca de 10% da força
produtiva da indústria de São Paulo perdeu emprego, quando a média
histórica para o período é de uma queda de 1,5%.

A demissão de cerca de 4,2 mil funcionários pela Embraer foi uma das
principais motivadoras da queda do nível de emprego da indústria
paulista no mês passado. Ela foi a grande responsável para que o setor de Outros Equipamentos de Transporte fosse o que apresentasse a maior queda no nível de emprego em fevereiro, com recuo de 18,4%.


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Emprego na indústria cai 2,5% em janeiro frente a 2008; SP fechou 200 mil vagas