Mais de 100 mil iranianos se reuniram nesta segunda-feira (15) no centro de Teerã para apoiar o opositor e reformista Mir Hussein Moussavi, que pediu a repetição das eleições presidenciais de sexta-feira (12).

À frente da manifestação também estava outro candidato reformista à Presidência do Irã, Mehdi Karrubi, que, assim como Moussavi, denunciou fraudes no processo eleitoral.

Em decorrência das manifestações, o Conselho dos Guardiães, órgão que supervisiona o processo eleitoral no país, disse que vai acatar as denúncias dos dois candidatos. A análise do processo que deve demorar de sete a dez dias.

“A lei permite aos candidatos um prazo de três dias para protestar. Portanto, os candidatos têm tempo até o fim do horário comercial de hoje para apresentar suas reclamações”, disse Ali Kadjodai, porta-voz do Conselho.

Morte

Pelo menos uma pessoa morreu no oeste de Teerã num confronto entre eleitores do candidato Hussein Moussavi e integrantes da milícia islâmica Basij.

Segundo testemunhas, vários milicianos abriram fogo contra um grupo de manifestantes pró-Moussavi. No tiroreito, pelo menos uma pessoa foi atingida e morreu.

Eleição questionada

O Irã aguarda com apreensão o posicionamento do Conselho dos Guardiães em relação às denúncias de fraude.

O ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, que teria sido reeleito com aproximadamente 62% dos votos, negou que exista fraude no processo eleitoral e comparou a insatisfação dos eleitores com a que os torcedores sentem quando seu time de futebol perde um jogo.

Por sua vez, o líder supremo da Revolução Islâmica, Ali Khamenei, que elege diretamente seis dos 12 membros do Conselho, já deixou clara sua opinião. No sábado (13), em declarações públicas, declarou seu apoio à vitória de Ahmadinejad e pediu aos outros candidatos que aceitem o resultado.


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Em protesto com mais de 100 mil pessoas, opositor pede nova eleição no Irã

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