Os candidatos à Presidência de Honduras terminam nesta segunda-feira (23) suas campanhas eleitorais entre advertências da comunidade internacional de que alguns países não vão reconhecer os resultados do pleito do próximo domingo enquanto o presidente deposto, Manuel Zelaya, não for restituído ao cargo.

Embora a data oficial do fim da campanha para as eleições do próximo domingo seja terça-feira (24), os candidatos continuam com os atos de encerramento da corrida eleitoral que começaram no fim de semana.

O candidato do Partido Nacional, Porfirio Lobo, e o candidato do Partido Liberal, Elvin Santos, são os favoritos na disputa por representarem os partidos majoritários. Coincidentemente, ambos concluíram os atos de campanha em San Pedro Sula, a segunda cidade mais importante de Honduras.

A Unificação Democrática (UD), cujo candidato é César Ham, não anunciou quando terminará sua campanha. Ham apenas confirmou sua participação no pleito, após ameaçar por vários meses que não iria fazê-lo em apoio a Zelaya, expulso do país por militares em 28 de junho.

Cerca de 4,5 milhões de hondurenhos estão inscritos para votar no próximo domingo para escolher o novo presidente, além de deputados e prefeitos, para o período 2010-2014, que começará em 27 de janeiro.

Críticas

A maior parte da comunidade internacional, que não reconhece o governo de fato de Micheletti, advertiu que enquanto Zelaya não voltar à presidência, não aprovará os resultados das eleições.

“Após uma dura luta e uma disputa contra tudo e contra todos, estamos prontos a exercer o sufrágio”, disse Micheletti em mensagem durante uma missa celebrada por ocasião do pleito no santuário de Nossa Senhora de Suyapa, padroeira de Honduras.

Já o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pediu na segunda-feira à Organização dos Estados Americanos (OEA), às Nações Unidas e à União Europeia (UE), além dos presidentes dos países americanos para que não reconheçam as eleições marcadas para o dia 29 de novembro em seu país.

Em Washington, o secretário de Estado adjunto dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, afirmou que a decisão de Micheletti de deixar temporariamente o poder deverá facilitar a formação do Governo de união nacional em Honduras.


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Em meio à crise política, chega ao fim campanha eleitoral em Honduras