Oito anos depois da Conferência de Durban, na África do Sul, que definiu uma agenda global anti-discriminação, a Organização das Nações Unidas (ONU) vai avaliar o andamento do acordo.
De amanhã (20) a sexta-feira (24), a sede da organização em Genebra (Suíça) vai ser palco para a prestação de contas sobre as políticas de combate ao racismo, discriminação, xenofobia e outras formas de intolerâncias que os países se comprometeram a tomar.
Chamada de Conferência de Revisão de Durban, o encontro, que deve reunir cerca de 4 mil pessoas em Genebra, entre integrantes de governos e de organizações da sociedade civil, deverá acertar mecanismos para garantir e ampliar as determinações acordadas em 2001.
Essa reunião deve pressionar por ações mais práticas, diz Iradj Roberto Eghrari, diretor-executivo da organização não-governamental Ágere Cooperação em Advocacy.
Além da questão racial, a reunião vai abordar questões como religião e liberdade de expressão, temas de difícil consenso entre nações árabes e países europeus.
A delegada permanente do Brasil em Genebra, embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo, que participou da negociação, comentou sobre a posição do país.
O texto tem as posições que o Brasil vem defendendo há vários anos. A questão da ação afirmativa, a condenação ao tráfico de escravos, as reparações, a coleta de dados, a questão das migrações que são muito importantes para os países em desenvolvimento, educação, AIDS, saúde, listou a embaixadora em entrevista após o acordo sobre o documento.