“Eu prefiro morar aqui. Porque se eu for para lá eu vou começar a endoidecer. Eu quero ficar aqui com a minha irmã, com meu pai, com a minha avó, com meu avô, com meus outros avós”.
As palavras acima são do menino S.R.G, 8, alvo de uma disputa judicial internacional entre o pai, o americano David Goldman (na foto com ele), e o padrasto, o brasileiro João Paulo Lins e Silva, que ocupou o centro da mídia nos últimos meses.
S.R.G. deu seu depoimento a três peritos e uma assistente social do governo. O conteúdo foi transcrito pela psicóloga Vera Lemgruber, a pedido do padrasto, virando um documento de 17 páginas, registrado em cartório.
No depoimento, o menino só chamou o pai biológico de David. “Não tem problema ele (David) vir me visitar aqui. Ele poderia me visitar a qualquer hora porque o meu pai João acha que não tem nenhum problema.” Perguntado se ele considera o americano como pai, respondeu: “Às vezes sim, às vezes não…. Depende”
S.R.G. viveu com o pai e a mãe, Bruna Bianchi, até os três anos de idade. Segundo a família dela, o casamento não ia bem. Bruna veio ao Brasil com o menino de férias e decidiu ficar, conseguindo na Justiça brasileira a guarda do filho.