Em crise, a Fundação Bienal de São Paulo poderá adiar em um ano a tradicional mostra de arte. Originalmente prevista para 2010, o evento já estaria na programação de 2011, de acordo com um calendário apresentado pela fundação ao secretário Andrea Matarazzo. O mesmo acontece com a Bienal de Arquitetura, adiada deste ano para 2010. O tempo se faz necessário para que a fundação equilibre as contas e reduza as dívidas. As informações são da Folha de S. Paulo.

A Fundação Bienal de São Paulo encerrou 2008 com uma dívida de curto prazo de R$ 4,657 milhões, sendo R$ 2,39 milhões com fornecedores e R$ 859 mil em empréstimos. De acordo com um documento encaminhado ao conselho fiscal, a fundação gasta, ao longo do ano, mais do que arrecada.

Em 2008, sua receita foi de R$ 13,9 milhões, e as despesas, R$ 15,6 milhões: um buraco de R$ 1,643 milhão. Em 2007, o déficit foi de R$ 1,551 milhão.

Diante das dificuldades financeiras, o conselho da Bienal procura um sucessor para o atual presidente da fundação, Manoel Pires da Costa. Pelo estatuto, seu mandato estaria encerrado no dia 6 de fevereiro. Mas a debilidade financeira está afugentando os potenciais pretendentes.

Quem deverá assumir a presidência é o próprio secretário Andrea Matarazzo. Antes dele, outros cinco nomes foram sondados para o cargo, mas não aceitaram o convite. A lista de convidados incluiu José Olympio, Rubens Barbosa e Suzana Steinbruch.


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Em crise e sem presidente, Bienal é adiada para 2011

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