Os argentinos irão às urnas neste domingo (28) em eleições legislativas que podem representar a perda do controle do Congresso pela presidente Cristina Kirchner. A votação irá renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Caso o partido de Cristina saia derrotado, passará a ter de apelar para acordos custosos.
O ex-presidente Néstor Kirchner é o primeiro candidato a deputado do partido pela província de Buenos Aires e, segundo as últimas pesquisas, deve perder. Sua hegemonia é ameaçada pelo rico empresário Francisco de Narváez, candidato pela União-Pró e que já apoiou Menem em 2003. O que mais pesa contra o Kirchnerismo é o contexto econômico desfarovável. Já o maior desafio da oposição é lidar com fragmentação.
Kirchner precisa a todo o preço levar a província de Buenos Aires para permitir que relativize na noite do pleito uma eventual perda da maioria no Congresso.
Atualmente, o kirchnerismo tem a maioria no Senado, com um bloco de 38 legisladores e aliados ocasionais. Das 24 cadeiras em jogo nas eleições, 12 integram o bloco do Partido justicialista – Frente para a Vitória. Para manter a maioria, o partido precisa ganhar pelo menos 11 cadeiras. Na Câmara, o kirchnerismo e aliados também têm maioria. Na Argentina, o voto é obrigatório para maiores de 18 anos.