A China, que já consome mais da metade de todo o cimento produzido no planeta, não para de construir. Seis dos dez maiores prédios erguidos ano passado no mundo estão lá. É o maior crescimento da construção civil na história da humanidade. Mas mesmo nesse pessimista cenário de esgotamento dos recursos naturais, projetos inovadores ainda nos dão esperança.
Na cidade de Guangzhou, será levantado o que especialistas dizem ser o arranha-céu com o consumo de energia mais eficiente já construido. The Pearl River Tower, com seus 310 metros de altura, será praticamente auto-suficiente, alimentado por energia heólica (vento) e por painéis solares. As turbinas de ar vão ser colocadas no meio da estrutura do prédio. Seu formato vai permitir que ventos atinjam as turbinas em uma velocidade maior, gerando ainda mais energia. Sistemas computadorizados devem garantir um consumo de energia mais de 50% menor que prédios tradicionais do mesmo tamanho.
O novo prédio, previsto para ser concluido em 2010, não é mero capricho de engenheiro antenado com a onda ecológica. Analistas avaliam que 50 mil novas construções serão erguidas até 2025, atingindo 25% do consumo de energia da China, contra os 17% consumidos por prédios hoje no país. A única ironia, no entanto, já que estamos falando de qualidade de vida, é que o principal inquilino será uma companhia de tabaco.