O jornal <i>Gazeta Mercantil</i>, fundado em 1920 e que durante décadas foi uma das principais publicações sobre economia no Brasil, anunciou que sua edição desta sexta (29) é a última, a menos que haja um acordo de última hora para evitar seu fechamento.

A continuidade da produção depende de um difícil acordo entre o empresário Luiz Fernando Levy, proprietário e diretor da publicação, e o grupo Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), que adquiriu a marca e editava a publicação há cinco anos.

Levy diz confiar em um acordo de última hora para garantir a sobrevivência do jornal, algo que não foi obtido nos últimos quatro dias. Por outro lado, através de um comunicado, a CBM reiterou que deixará de editar o jornal a partir do próximo dia 1º.

A CBM, que também edita o <i>Jornal do Brasil</i>, alega que as dívidas trabalhistas de quase R$ 200 milhões, que seriam de responsabilidade dos proprietários da <i>Gazeta Mercantil</i>, tornam inviável a sobrevivência desta.

Apesar de não ser o proprietário direto da publicação, a CBM, que capitalizou o jornal e evitou sua quebra, é responsável por sua edição, comercialização e distribuição.

Como responsável pela redação, a CBM anunciou que os jornalistas vinculados à <i>Gazeta Mercantil</i> terão direito a férias coletivas de 30 dias a partir da próxima semana enquanto se decide a transferência destes para outras empresas do grupo ou sua demissão.

Segundo o último relatório do Instituto de Verificação de Circulação (IVC), a <i>Gazeta Mercantil</i> tinha até 2007 uma tiragem de 70 mil exemplares diários, muito abaixo do jornal <i>Valor</i>, fundado em 2000 e hoje líder no ramo de informação econômica no Brasil.


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Edição de hoje da "Gazeta Mercantil" pode ser a última

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