Produtos fabricados na China são comuns de serem encontrados em lojas de todo o país. Agora, os chineses começam também a influenciar cada vez mais o mercado de ações no Brasil, com o crescimento da importância do desempenho da economia asiática nos negócios internos.

De acordo com um estudo elaborado pela HSBC Asset Management, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a de Xangai tinham uma correlação de 14%. Isso quer dizer que em 14% dos pregões as bolsas tinham desempenho semelhante. Agora, em dezembro de 2009, esse percentual subiu para 67%. Nesse mesmo período, a correlação entre o índice americano S&P 500 da Bolsa de Nova York, caiu de 78% para 64%.

As semelhanças não param por ai e chegam também à rentabilidade dos investimentos. Somente em 2003, o Ibovespa teve valorização de 103% ante ao dólar, contra 81% de Xangai  e 26% do S&P 500. Já em 2009, a bolsa paulista avançou 119%, contra 59% da chinesa e 22% da americana.

Esses números são as referências usadas pelo o principal executivo da HSBC Asset Management, Pedro Bastos, na hora atrair novos investidores para o mercado acionário do país. “O Brasil é uma alternativa de quem quer buscar resultados semelhantes ao da China, mas com instituições melhores do que as existentes por lá”, disse falando sobre o Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Nos últimos tempos a China se transformou no maior parceiro comercial do Brasil, sendo quem mais compra os produtos nacionais. Somente em novembro, as exportações e importações para os asiáticos chegaram a US$ 33,3 bilhões, ficando pouco na frente dos Estados Unidos.


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Economia chinesa afeta cada vez mais os negócios na Bovespa