O inglês Bernie Ecclestone, chefão da Fórmula 1, declarou que não descarta excluir a McLaren do Mundial da categoria após os incidentes ocorridos no Grande Prêmio da Austrália, disputado na cidade de Melbourne no último dia 29.
No próximo dia 29, a escuderia deve comparecer ao Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
“É preciso investigar o que realmente aconteceu, mas se trata de um roubo de pontos e, como isso envolve muito dinheiro, é possível falar de fraude”, disse Ecclestone ao jornal inglês “Daily Mail”.
“Embora esteja convencido de que não pensaram nas consequências, eles (a McLaren) já estiveram perante o Conselho há pouco tempo e nunca é bom voltar em tão pouco tempo”, disse o dirigente.
É a terceira vez que a escuderia se encontra em particular com o Conselho Mundial em menos de dois anos.
No mais famoso deles, em setembro de 2007, a McLaren foi condenada a pagar uma multa de US$ 100 milhões por um caso de espionagem contra a Ferrari.
Segundo Ecclestone, “há muitas sanções possíveis. Seria terrível excluir uma escuderia do campeonato, mas é algo que pode ocorrer”.
A McLaren teria quebrado o código esportivo internacional da FIA ao supostamente passar informações falsas ao piloto inglês Lewis Hamilton, atual campeão do mundo, durante a prova em Melbourne.
Segundo os comissários da prova, Hamilton e a McLaren proporcionaram deliberadamente informação falsa no testemunho do dia 29 de março, depois do GP da Austrália.
O piloto italiano Jarno Trulli, da Toyota, chegou a perder o terceiro lugar da prova para Hamilton por conta deste incidente envolvendo a entrada do safety car, mas acabou levando o posto de volta.
Trulli foi punido por ultrapassar Hamilton com o carro de segurança, mas o inglês tinha reduzido drasticamente sua velocidade e estava na lateral do circuito. Por isso, acreditou que o piloto estava com problemas e passou por ele.
Hamilton e a McLaren acabaram fora do primeiro GP da temporada.