O empresário Nenê Constantino, dono da companhia aérea Gol, teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele é réu em processo por homicídio de um líder comunitário em 2001. Até o final da noite da quinta-feira (21), o empresário não tinha sido localizado pela Polícia do Distrito Federal.

Os advogados de Constantino disseram que ele está em São Paulo para tratamento de saúde, mas se comprometeram a manter contato com ele para negociar uma apresentação espontânea. Se isso não ocorrer, poderá ser solicitado o auxílio da Polícia Civil da capital paulista , onde o empresário supostamente estaria sob a proteção de amigos.

Outros dois acusados foram presos nesta quinta-feira em Brasília. Vitor Foresti é genro do empresário e, segundo a polícia, subornou testemunhas do crime. Wanderlei Batista é suspeito de ter contratado um pistoleiro que já está preso. Constantino é acusado de ser o mandante do assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, executado com três tiros em outubro de 2001.

Ele liderava um grupo de cerca de 100 pessoas que ocupava o terreno em volta da garagem da viação Planeta, na cidade satélite de Taguatinga, pertencente ao empresário. A polícia apurou que dois empregados de Constantino – João Alcides Miranda e Vanderlei Batista Silva – contrataram um pistoleiro goiano para assassinar o líder como forma de intimidar os demais ocupantes da área.

Antes da execução, o empresário fez ameaças diretas de morte ao líder comunitário, que sofreu agressões e teve o barraco onde vivia incendiado.


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Dono da Gol tem prisão preventiva decretada

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