O total da dívida pública federal, o que inclui as dívidas interna e externa, ficou em R$ 1,497 trilhão em 2009, um crescimento de 7,16% em comparação a 2008, segundo informou o Tesouro Nacional na manhã desta terça-feira (26). O resultado mostra que o governo cumpriu o plano de financiamento da dívida no ano passado dentro do previsto. A estratégia era fechar o ano com uma dívida entre R$ 1,450 trilhão e R$ 1,60 trilhão.
Para este ano a estratégia do Tesouro Nacional dentro do Plano Anual de Financiamento prevê a negociação de R$ 1,730 trilhão (total da dívida), no máximo, e de R$ 1,6 trilhão, no mínimo. Anualmente o Tesouro divulga o plano como forma de dar transparência à gestão da dívida pública com investidores e a sociedade.
Dentro dessa estratégia, Tesouro prevê negociar em 2010 no mercado cerca 60% de títulos pré-fixados, e de papéis corrigidos por índices de preços (índices de inflação). O percentual de títulos pré-fixados será entre 31% e 37% e o de índice de preços, entre 24% e 28%.
Serão negociados entre 30% a 34% os títulos corrigidos pela taxa básica de juros (Selic). Os papéis corrigidos com base em moeda estrangeira serão negociados na proporção de 5% a 8% e os demais, até 1%. O prazo médio de negociação é entre 3,4 a 3,7 anos.
O prazo médio de vencimento dos títulos negociados neste ano será de 3,7 anos. O percentual a ser negociado de títulos com vencimento em 12 meses é de 24% a 28%.
Desde 2001, o Tesouro divulga o Plano Anual de Financiamento, com o objetivo de elaborar estratégias pautadas em diretrizes bem definidas para o financiamento da dívida pública federal. Ou seja, criar um modelo que inclua fatores de risco, oportunidade e limites no perfil dessa dívida.