Em entrevista à edição deste domingo (20) do jornal Folha de S.Paulo, Dilma Rousseff afirmou que “esse país não pode ter vergonha de ser patriota” e aceitou o rótulo de “nacionalista” e “estatizador” dado por adversários políticos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao governo Lula.

No bate-papo com o jornalista Valdo Cruz, a ministra da Casa Civil e provável candidata do PT à Presidência da República em 2010 afirmou ainda que nunca havia imaginado disputar o cargo máximo do País e, em sua infância, tinha o sonho de ser bailarina. Quando menina, da minha geração, queria ser bailarina, a gente gostava muito de bailarina”, afirmou.

Dilma também falou que é “uma honra, sem sombra de dúvidas” ser indicada por Lula como sua candidata à sucessão presidencial e que os postulantes a esse cargo devem ter carisma e jogo de cintura. Se não tiver essas características, disse ela, “a pessoa sofre”.

Entre outros assuntos, a ministra da Casa Civil falou que as empresas instaladas no País não podem “sair por aí explorando os recursos naturais e não devolver nada” e defendeu Lula, que, no auge da crise econômica mundial, criticou a Vale por promover demissões. “O presidente ficou chocado com empresas que demitiram bastante na crise sem ter consideração pelos empregos do país”, assegurou.
 
Dilma também enumerou o que chamou de legado do governo Lula para o Brasil (“crescimento econômico, inflação sob controle e o fato de termos elevado à classe média milhões de brasileiro”) e disse estar 10%  curada do câncer no sistema linfático. A respeito do suposto encontro com a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, porém, não disse nada. “Para mim, esse episódio está encerrado”, finalizou a entrevista.


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Dilma Rousseff : "Esse país não pode ter vergonha mais de ser patriota"

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