O dia 24 de novembro de 1991 deu um banho de água fria nos roqueiros ao redor do mundo. Nessa data, houve duas mortes que abalaram os fãs do hard rock inglês e americano: em uma terrível coincidência, faleceram o ex-baterista do Kiss Eric Carr e o tanzaniano de Zanzibar Farrokh Bommi Bulsara, mais conhecido como o maior vocalista de rock de todos os tempos, Freddie Mercury, do Queen.

Os dois ícones do dito glam rock deixaram um enorme vazio com suas partidas, pois dividiam grande amor pela música, carisma contagiante e personalidades encantadoras, além de um talento imensurável no que diz respeito a como viver o rock and roll em seu melhor nível.

Em respeito à memória desses dois grandes artistas, homenageamos a eles com um pouquinho de sua maior herança: a música.

Eric Carr

Paul Charles Caravello, seu nome de batismo, uniu-se ao Kiss em 1990 após a demissão do baterista Peter Criss por conta do seu abuso de álcool e drogas. Antes de participar das audições para integrar o quarteto de Detroit, o músico arrumava fogões em uma oficina de seu pai.

Apesar de não ser um membro original, Carr ganhou rapidamente o carinho da Kiss Army, como são chamados os fãs da banda americana, graças ao seu carisma e de sua disponibilidade em lidar com o público – ele era o responsável por responder as cartas dos fãs e estava sempre pronto para falar com os mais fanáticos, inclusive na rua.

Carr também era um ótimo vocalista, tendo gravado várias vozes nos sete discos de estúdio que participou com o Kiss. Ele também fez uma regravação de Beth, originalmente interpretada por Criss, que o deixou no chinelo, com todo respeito ao baterista original do grupo.

O baterista morreu por conta de graves complicações de um câncer no coração contra o qual lutava desde 1990 – por causa do tratamento agressivo da quimioterapia, teve que deixar suas funções no Kiss. Ele ainda sobreviveu a um aneurisma alguns dias antes de sua morte, mas faleceu graças a uma hemorragia cerebral causada pelas células cancerígenas em sua corrente sanguínea.

Abaixo, você pode ver o clipe do clássico I Love It Loud, em que Carr está na função de baterista – e detonando, como costumava fazer.

Freddie Mercury

Não existem adjetivos suficientes para elogiar a capacidade de Freddie Mercury como vocalista e compositor. Como se não bastasse, o cantor ainda foi o comandante do maior grupo musical inglês do período pós-Beatles, colocando ainda mais gente em seus shows do que os quatro cabeludos de Liverpool.

Seu senso de humor sempre afiado, aliado à extremamente elogiável aptidão musical que possuía, promoviam os melhores shows e as mais divertidas entrevistas que um fã de rock poderia pedir aos seus ídolos. Além disso, Mercury foi o grande responsável pela entrada do Queen na era do videoclipe, idealizando obras-primas da linguagem televisiva como I Want To Break Free e Radio Gaga.

Freddie Mercury morreu por conta de uma pneumonia relacionada ao vírus da AIDS no dia 24 de novembro de 1991, apenas 24 horas depois de emitir um comunicado oficial sobre sua doença. O cantor era soropositivo desde 1987 e escondia o fato da imprensa com medo do preconceito, que era ainda maior na época do que hoje em dia.

Abaixo, você pode ver o vídeo de The Show Must Go On, do disco póstumo Made In Heaven. A letra é emocionante, com uma espécie de desabafo, afirmando que independentemente de sua doença e do que aconteceria dali para frente, o show haveria de continuar.


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Dia triste no rock: Freddie Mercury e Eric Carr morreram há exatos 18 anos

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