Os efeitos da crise econômica de setembro do ano passado ainda se refletem na opção dos pais em comprar presentes para os filhos no Dia das Crianças. O levantamento da Sondagem de Expectativas do Consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) relativo à data, divulgado hoje (7), mostrou que é menor a intenção dos pais de comprar brinquedos e maior a decisão de presentear com roupas e livros.
Este ano os pais estão sendo mais contidos no valor do presente, procurando coisas mais úteis e que se encaixem na condição financeira atual. O gasto desnecessário em momentos pós-crise é repensado e evitado. As pessoas deixam de comprar coisas desnecessárias em benefício de coisas mais úteis, avaliou a economista Viviane Seda, coordenadora da pesquisa.
O levantamento da FGV aponta cautela nos gastos, com 63% dos entrevistados dizendo que pretendem gastar a mesma coisa que no ano anterior. Outros 11,7% afirmaram que gastariam mais e 24,8%, que comprariam menos.
Quanto ao tipo de presente que pretendem dar aos filhos, 56,2% informaram que vão comprar brinquedos, índice pouco menor do que os 56,9% no ano passado. Entre os brinquedos, os campeões em preferência são bonecas e bonecos (12%), carrinhos e veículos (7,8%) e brinquedos educativos (7,7%).
Já a escolha por presentear com roupas registrou um forte aumento, passando de 21,3% em 2008, para 23,9% este ano. Também teve crescimento expressivo o item áudio, que engloba aparelhos de MP3 e MP4, que saiu de 2,6% em 2008 para 3,8% agora.
Em meio a escolhas tecnológicas, os pais dizem que pretendem comprar mais livros para os filhos no Dia das Crianças. No ano passado, a categoria ficava em 2% das escolhas, índice que aumentou para 2,5% este ano.
