O desemprego na zona do euro atingiu 9,4% em junho, a maior taxa desde junho de 1999. Na União Europeia (UE) como um todo, a taxa de desemprego ficou em 8,9%, o maior nível desde junho de 2005. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) pela Eurostat, a agência europeia de estatísticas.
Apesar do cenário desfavorável, os números ficaram abaixo da expectativa dos analistas. A previsão dos especialistas do mercado financeiro era de que a taxa chegaria a 9,7%.
Novos desempregados
Em números absolutos, 21,5 milhões de pessoas estavam desempregadas na União Europeia em junho (sendo 14,8 milhões nos países da zona do euro).
Na comparação com maio, o número de desempregados cresceu em 246 mil na UE, enquanto na zona do euro o aumento foi de 158 mil. Em relação a junho do ano passado, os aumentos foram de 5,024 milhões e de 3,170 milhões, respectivamente.
Países
Entre os países do bloco europeu, as menores taxas de desemprego foram registradas na Holanda (3,3%) e na Áustria (4,4%). As mais altas, por sua vez, foram as Espanha (18,1%), Letônia (17,2%) e Estônia (17%).
Na comparação com o ano anterior, todos os países do bloco registraram aumento no desemprego. Os menores avanços foram os observados na Alemanha (de 7,3% para 7,7%), Romênia (de 5,7% para 6,2%, na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado) e na Holanda (de 2,7% para 3,3%).
Os maiores avanços, por sua vez, foram os registrados na Estônia (de 4,6% para 17%), Letônia (de 6,4% para 17,2%) e Lituânia (de 5,1% para 15,8%).
Inflação
Em separado, a Eurostat divulgou que os preços ao consumidor na zona do euro caíram 0,6% na base anual em julho, o segundo mês consecutivo de variação negativa desde a criação da região em 1999. Em junho, houve queda de 0,1%. Analistas esperavam uma deflação de 0,4% em julho.