Em depoimento nesta terça-feira, a delegada Renata Helena da Silva Pontes, responsável pelo indiciamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, afirmou ao júri popular que só indiciou o casal porque “tem 100% de certeza que eles cometeram o crime.”
Interrogada por mais de duas horas pelo promotor Francisco Cembranelli, a delegada relatou minúcias desde sua chegada ao local até o momento em que o casal foi tido como suspeito. Cembranelli pediu ainda para que ela relatasse onde havia marcas de sangue no apartamento. Segundo Renata, as manchas visíveis encontravam-se na entrada do apartamento e no lençol do quarto dos meninos. Já o restante das manchas, encontradas no carro e perto do sofá, só foram visíveis com o uso de reagente químico.
A delegada, que já esteve em 136 locais de crime em sua carreira, elogiou o trabalho da perícia do Instituto de Criminalística, que foi categórico ao revelar que a garota sofreu asfixia mecânica e outros ferimentos, antes de ser jogada.
Após a delegada, o juiz Maurício Fossen, que preside o júri, irá ouvir outras três testemunhas de acusação: ouvidos o médico Paulo Sergio Tieppo, legista do Instituto Médico Legal que analisou o corpo de Isabella; perita Rosangela Monteiro, do Núcleo de Crimes Contra a Pessoa e que fez o laudo sobre a cena do crime; e o policial militar Luis Carvalho, um dos primeiros a atender a ocorrência sobre a queda de Isabella.