Vice-campeã do Mundial Sub-20 deste ano, a Seleção Brasileira trouxe à baila jovens que já são titulares em seus clubes. Difícil não apostar em craques como Giuliano, do Internacional; e Alex Teixeira, do Vasco. Melhor conter um pouquinho o entusiasmo…
Saca só a escalação do time brasileiro campeão do Mundial Sub-20 em 1993: Dida; Bruno Carvalho, Gelson Baresi, Juarez e Wagner; Pereira, Marcelinho Paulista, Adriano e Yan; Catê e Gian. De todos os jovens que comeram grama, apenas um se destacou depois da conquista: o goleiro Dida. Para todos os outros dez atletas, o campeonato de juniores correspondeu ao auge da carreira.
Principal destaque da seleção de 1993, o meia Adriano foi eleito o melhor jogador da competição. Revelado pelo Guarani, ficou conhecido por ser um bom cobrador de faltas. Rodou por Neuchâtel Xamax, da Suíça; Botafogo; Juventude; São Paulo e mais um monte de clubes. Hoje é jogador e presidente do Oeste Paulista.
O time brasileiro de 1995 ficou na segunda posição e consagrou o atacante Caio como melhor jogador do torneio. Depois do ótimo começo, o são-paulino bom moço (hoje comentarista da TV Globo) não repetiu o desempenho de sub-20. Teve passagens apagadas por Napoli e Inter de Milão, e depois rodou pelo Brasil. O companheiro de ataque, o oportunista e magricelo Reinaldo, teve pior sorte. Começou no Atlético Mineiro, mas não se firmou em clube algum. E pensar que os reservas da equipe de 95 eram Luizão e Denílson, peças importantes do pentacampeonato em 2002.
Artilheiro da edição de 1997, quando o Brasil perdeu nas quartas de final para a campeã Argentina, Adailton perambula por clubes de pequeno porte do Campeonato Italiano desde 1999. No Brasil, jogou no Juventude e Guarani.
Em 1999, o Brasil não se destacou. Dentre os jogadores que ameaçaram despontar estão os atacantes Rodrigo Graal e Fernando Baiano. A seleção de 2001 tinha Adriano, Kaká, Júlio Baptista e Maicon – todos sempre lembrados por Dunga em convocações. O outro lado da força é representado por Léo Lima, que trocou de time seis vezes nos últimos quatro anos; Robert, camisa 11 naquele tempo e que hoje busca reecontrar os holofotes com a camisa do Palmeiras; e o meia Pinga, visto em times médios da Itália e no futebol do Catar, mas antes cogitado para o lado esquerdo da seleção principal.
O Brasil voltou a ter o artilheiro da competição em 2003, quando o volante Dudu Cearense marcou quatro vezes e o Brasil ficou na primeira posição. Mas Dudu não é exatamente uma promessa que não deu certo; muito menos Nilmar e Dagoberto, também titulares. O goleiro Jefferson, revelado pelo Cruzeiro, substituiu Fernando Henrique na final. E não decepcionou. Depois do título, a coisa ficou feia e ele não conseguiu as mesmas atuações no Botafogo. Outro que parece ter esquecido como se joga é o meia Evandro, camisa 10 da seleção sub-20 em 2005, atuando ao lado dos Diegos Souza, do Palmeiras; e Tardelli, do Atlético-MG.
Eduardo Ratinho não era uma baita promessa, mas resume bem a dificuldade que já se teve para a escalação de bons laterais direitos no Brasil. Dispensado do Fluminense este ano, era o camisa 2 em 2007. Hoje, arrisca seus cruzamentos pelo Santo André. Ratinho só volta a vestir amarelo se for transferido para o Brasiliense.