O Google afirmou na última sexta-feira (18) que a Apple rejeitou o aplicativo Google Voice para iPhone, contestando a declaração feita pela Apple a autoridades reguladoras no mês passado.
O aplicativo substitui a função de chamadas do aparelho e sua rejeição por parte da Apple levou o caso a Federal Communications Commission dos Estados Unidos a enviar cartas às duas empresas, além da operadora de telefonia AT&T, que vende o iPhone com exclusividade no país, buscando explicações.
A Apple reiterou na mesma sexta-feira (18) que não concorda com todas as declarações feitas pelo Google em carta à FCC, e disse que não rejeitou o aplicativo, mas está negociando com a segunda empresa.
O caso pode ter implicações amplas para a indústria de telecomunicações norte-americana. Dependendo da resposta da FCC, a disputa pode abrir caminho para novas empresas entrarem no mercado, ou pode atrapalhar sua capacidade de usar aparelhos de grandes operadoras para oferecer descontos por seus serviços.
Segundo o material publicado no site da FCC, o Google afirmou ter ficado sabendo da rejeição do produto pela Apple através de representantes da empresa após uma série de reuniões, ligações e e-mail.
As cartas enviadas pelas empresas seriam em resposta ao inquérito aberto pela FCC em julho, que está sob nova liderança e busca um novo olhar sobre a situação da concorrência no setor de telecomunicações móvel.
A FCC, presidida por Julius Genachowski, buscava saber o motivo da rejeição do Google Voice pela Apple e quais termos foram debatidos entre Apple, Google e AT&T.
No documento, o Google afirma que a Apple também rejeitou o aplicativo Google Latitude, alegando que este substituiria aplicativos de mapeamento já inclusos no aparelho, gerando confusão entre usuários.