Segundo advertiu um especialista, se o país não reverter a situação, a população não será renovada nos próximos anos.
Cuba é o único país latino-americano cuja população está decrescendo, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), informou hoje o jornal Juventud Rebelde.
Em 2008, o país registrou 10 mil nascimentos a mais do que o registrado no ano anterior, porém, este é o terceiro ano consecutivo que Cuba apresenta queda no número de novos cubanos. Em 2006, Cuba sofreu uma queda de 0,4%.
A taxa de fecundação no ano passado foi de 1,5% no país, a mais baixa da América Latina, e foram registradas 86 mil mortes, cifra recorde desde 1963. Outras 37 mil pessoas deixaram o país, segundo informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).
A tendência “leva a um decrescimento evidente e pronunciado”, alertou o diretor do Departamento de População do Centro de Estudos de População e Desenvolvimento do ONE, Enrique González.
Segundo o especialista, o governo precisa adotar medidas reversivas em três questões: mortalidade, migrações e fecundação, que “influem diretamente no crescimento demográfico”.
“Em Cuba não há um índice de renovação populacional desde 1977, último ano em que as mulheres tiveram mais de dois filhos. Uma população não é capaz de se reproduzir se não superar esta média”, continuou. Por outro lado, 17% da população é composta por idosos, com mais de 60 anos.
