É cada vez mais comum ouvir crianças dizendo para os pais que estão namorando um coleguinha da escola. Os pais não devem se assustar quando os filhos dizem isso, afinal namorar para eles não passa de ter uma afinidade com um amigo. Porém, por mais que todo mundo ache bonitinho duas crianças falando que se gostam e assumindo namoro publicamente, os pais não devem incentivar essa idéia.

Segundo a psicóloga Suzi Camacho, “os pais devem explicar para uma criança de 5-6 anos que ainda não é namoradinho, que é apenas amigo, então não se deve ficar dando beijinhos. Mas ela pode tentar fazer a criança entender que existem sim manifestações de carinho dentro da amizade, como andar de mãos dadas e dar beijos na bochecha”.

Os pais devem ouvir o que o filho tem a dizer, sem um ar de proibição. “É importante acompanhar os filhos a todo momento, sem proibir (o que pode ser pior), mas sempre impondo certos limites e orientando. O que não pode acontecer é incentivar, pois uma criança não está preparada para assumir um relacionamento.”

Para a psicóloga, assim como tudo na vida tem seu tempo, namorar também tem. Para alguns essa fase chega mais cedo e isso pode de certa forma acontecer precocemente por causa do incentivo à sexualidade. “Esse comportamento muitas vezes leva a uma gravidez na adolescência, que só tem aumentado ao longo dos anos, mesmo com toda a informação que as pessoas têm hoje em dia. Creio que isso acontece por causa da falta de limites”, afirma a psicóloga.

A TV é uma das grandes influenciadoras no desenvolvimento da criança, pois muitas vezes ela não sabe o que está fazendo. Então a tendência é ela reproduzir o comportamento dos adultos. Suzi dá mais uma dica do que não pode ser feito: “Um pai falando para a filha que ela é a namoradinha do papai também pode fazer a criança confundir os relacionamentos. Portando é preciso deixar claro que a mamãe é a namorada do papai”.

Passada aquela fase de namoradinho da escola, chega a fase do ficar, por volta dos 10 anos. Normalmente os filhos se abrem mais com as mães, que costumam ser mais compreensivas e flexíveis. “É importante falar que você entende o sentimento, sempre dando o parecer que você acha muito cedo para que seu filho comece a se relacionar. Se o jovem conversa com a mãe, ela também deve conversar com o pai sobre a situação, mas sem contar tudo o que ele disse, ou então senão ela vai trair a confiança do filho”, conclui.


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Crianças que namoram: isso realmente existe?