O corante azul do chocolate M&M tem propriedades que permitem reduzir os danos derivados de uma lesão de coluna vertebral, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (28) pela Universidade de Rochester.

O aditivo químico, de cor azul intensa e utilizado também para dar o aspecto característico a algumas bebidas isotônicas, pode, de acordo com o estudo, frear o desenvolvimento do dano colateral que afeta a coluna vertebral imediatamente após ter sofrido uma lesão traumática na mesma.

Após injetar o corante em ratos que sofriam a lesão, os pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Rochester, em Nova York, constataram que os roedores foram capazes de andar de novo, mas mancando e com um efeito colateral: suas patas, focinhos e orelhas ficaram temporariamente azuis.

Os autores do estudo demoraram cinco anos para descobrir os benefícios deste
aditivo sobre a coluna, em uma série de exames clínicos com o objetivo
de paralisar a corrente de destruição de células que começa pouco
depois de uma lesão e que pode conduzir à paralisia.

Em 2004, a equipe ralizou testes semelhantes empregando ATP, uma substância que o organismo produz para manter as células vivas, e que, em estado de oxidação, ajudava os ratos a voltar a andar.

No entanto, os pesquisadores não demoraram para perceber que o processo não seria viável em humanos, já que devia ser injetado diretamente na medula espinhal e ameaçava produzir graves efeitos colaterais.

A equipe começou a buscar uma alternativa à ATP que bloqueasse o vertiginoso ritmo de destruição das células motrizes e fosse administrada por via intravenosa.

A resposta foi encontrada no composto químico Brilliant Blue G (BBG), que provocava a mesma recuperação nos animais sem causar efeitos colaterais, e cuja estrutura química era quase idêntica à do corante azul utilizado na indústria alimentícia.


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Corante de M&M pode sevir para tratar lesão da medula, afirma pesquisa

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