O secretário especial do Rio para
os Jogos de 2016, Ruy César, disse hoje que muitas empresas
europeias já manifestaram interesse em investir na cidade por conta
do evento olímpico e da Copa do Mundo, em 2014.

Em um seminário com empresários locais, César disse que entre as
interessadas estão firmas dos setores de transporte, construção
civil, infraestrutura e telecomunicações.

César explicou que os primeiros contatos de possíveis
investidores foram feitos na recente viagem do prefeito do Rio,
Eduardo Paes, a Barcelona, Londres e Atenas, para conhecer a
experiência destas três cidades que já foram sedes olímpicas.

Segundo o secretário, a Prefeitura transformará o Instituto
Pereira Passos, responsável pelo planejamento urbano, em um “centro
de desenvolvimento” para avaliar, filtrar e selecionar os projetos
internacionais que mais interessam à cidade.

Dos cerca de US$ 16,6 bilhões a serem investidos no
desenvolvimento de infraestruturas, os três níveis de Governo
(municipal, regional e federal) gastarão aproximadamente US$ 9,1
bilhões. Os US$ 7,5 bilhões partirão da iniciativa privada, segundo
cálculos da Prefeitura.

O secretário garantiu rapidez no início das obras e disse que
“não serão perdidos 18 meses” na criação de uma organização
encarregada do desenvolvimento de infraestruturas e estádios – em
alusão à Olympic Delivery Authority (ODA, em inglês) de Londres,
para 2012.

César assegurou que os projetos começarão a sair do papel em um
período máximo de seis meses depois do seminário de orientação do
Comitê Olímpico Internacional (COI), marcado para sexta e sábado
agora no Rio de Janeiro.

Nessa primeira reunião, no hotel Copacabana Palace, o comitê
brasileiro apresentará seu cronograma de obras e o COI poderá
definir quais destes projetos serão prioridade, segundo César.

Durante o seminário, os empresários locais mostraram especial
interesse pelos projetos hoteleiros e pediram incentivos fiscais aos
organismos públicos para cobrir a possível lacuna de até 8.500
quartos de hotel para atender os 40 mil exigidos pelo COI, que hoje
em dia dependem de cruzeiros que serão ancorados no porto.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no
Estado do Rio de Janeiro, Roberto Kauffmann, afirmou que no centro
da cidade existem 5 mil casarões coloniais abandonados que poderiam
virar albergues e imóveis se forem disponibilizadas linhas de
crédito pelo Governo.


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Copa e Jogos de 2016 atraem empresas estrangeiras ao Rio

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