As quartas de final da Copa do Mundo apresentam duas finais antecipadas que se justificam. Brasil x Holanda e Argentina x Alemanha merecem o rótulo pelo que fizeram na competição. A história pesa, mas as atuações das quatro seleções nos dão essa certeza.
Difícil qualquer prognóstico. Alemães e argentinos chegaram desacreditados, cresceram e jogam um futebol de elogios. A base européia é jovem, ousada e proporciona grandes jogos. Os comandados de Maradona têm um ataque avassalador.
Mesmo assim, acredito que tanto Alemanha quanto Argentina não têm o equilíbrio de Brasil e Holanda, que são mais consistentes. É verdade que holandeses e brasileiros não encantaram como os rivais.
A Holanda não perde há 23 jogos, passeou sem adversário nas eliminatórias e mostrou força em amistosos contra Itália e Alemanha.
O Brasil apresenta evolução no esquema montado por Dunga. Consegue alternar pressão na saída de bola do adversário ou atraí-lo para o seu campo. Nos dois casos consegue imprimir muita velocidade. É capaz de contra-atacar num espaço muito reduzido.
Dos quatro, somente a Argentina não usa essa arma como principal recurso. A qualidade de Messi é o diferencial.
A Holanda também tem um 10 que pode roubar a cena: Sneijder é um dos principais jogadores dessa Copa. Com Robben, é candidata ao título.
Nessas prévias de finais antecipadas acredito em Alemanha e Brasil.
A Espanha tem favoritismo destacado diante do Paraguai, que carece de um articulador e vai recorrer à força de sua defesa para, no mínimo, chegar à prorrogação. Acreditando em repetir o drama que proporcionou a França em 1998. A diferença é que os paraguaios, agora, têm ataque.
Pela força da torcida e pelo estilo diferente da maioria dos africanos, Gana supera o Uruguai. Puro palpite.
FIFA e o apito
Ontem à noite os jornalistas ficaram sabendo que seria feito um “work-shop” sobre arbitragem. A ideia era suavizar os erros dos árbitros, colocar uma bandeira na mão de quem os critica.
Quem começa a acompanhar futebol agora, como as crianças, fica sem entender nada. Difícil explicar a elas que os homens que dirigem o futebol premiam o “roubo” e vivem de polêmica para alimentar o seu negócio.
Isso foi em um tempo longínquo que não era possível definir, mesmo com a tecnologia, um lance em poucos segundos. Hoje, tudo mudou.
Ou entendem isso rapidamente ou perderam futuros e conscientes consumidores.
A bola e o apito estão com a FIFA.
Colaboração: Raphael Prates
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