Em época de Copa do Mundo o futebol domina todos os assuntos. É assim, é normal, acontece toda a vez. É por isso que o Virgula Música também entrou de cabeça na onda das jabulanis, vuvuzelas e outras palavras exóticas para pegar carona no mundial de futebol da FIFA, maior evento esportivo do planeta (ao menos em audiência).
Para homenagear os craques das oito seleções que ainda restam no torneio, resolvemos brincar um pouco. Pegamos os destaques de cada equipe e fomos procurar quem seria o seu equivalente no mundo da música. Mesmo que isso signifique tirar do sério os chatos sem senso de humor que assolam a internet com sua famosa “trollagem”.
Então vamos lá: se os craques da Copa do Mundo fossem astros da música, quem eles seriam?
Xavi – O meia é coração e cabeça do time. Praticamente todos os ataques da seleção espanhola começam nos pés do habilidoso jogador. Ele é uma referência para os companheiros que colocam na rede as suas assistências. Ele é um pouco como nosso Nando Reis, que está sempre servindo os companheiros com músicas cheias de potencial de hits, mesmo quando ele próprio não emplaca tantas nas redes (ou seriam rádios?)
Özil – Jovem revelação do Werden Bremen, o meia de origem turca é a grande revelação alemã em muitos anos. Atento e tranquilo, já estão cotando Özil (pronuncia-se ÉZIL) para ser o grande substituto do veterano meia Ballack, do Chelsea. De cara, dá para dizer que o jogador é o equivalente do futebol de Justin Timberlake, que surgiu já sendo cotado de substituto de Prince, de Michael Jackson e de qualquer multi-milionário vendedor de discos da história. Sabe como são essas coisas…
Luís Fabiano – Nosso camisa nove tem fama de bully, um valentão encrenqueiro de chuteiras. Na Copa, por outro lado, sua conduta tem sido nada menos que perfeita. Além de ser o mais novo integrante de uma linhagem A++ de centroavantes brasileiros, Fabiano ainda contornou seu temperamento explosivo para tornar-se de vez um ídolo do nosso futebol. Luís é um jogador Eminem, começou arranjando problemas por onde passava e acabou mais centrado e eficiente, livre da raiva que sempre teve, mas ainda assim com um belo arsenal de hits, ou melhor, de gols.
Messi – Carismático que é, Messi é sempre visto aos sorrisos dentro e fora de campo. A grande esperança de gols da Argentina também é um bom moço daqueles de virar Miss Simpatia. Se ele fosse da música, seria uma espécie de Stevie Wonder: menino-prodígio, de talento descoberto cedo, qualidade indiscutível e de índole exemplar, apesar do nosso editor ter cantado a bola de que ele fumava maconha. O Stevie, claro, não o Messi.
Robben – O mais importante jogador holandês nessa Copa finalmente encontrou seu melhor futebol no Bayern de Munique. Depois de algumas temporadas não muito bem-sucedidas com os galáticos do Real Madrid, Robben tornou-se a grande esperança laranja no mundial 2010. Algo como um Robbie Williams (com o perdão do trocadilho do nome) da bola. Ele fez sucesso no Real assim como Robbie e o Take That fizeram nas paradas, mas só brilhou de fato quando deixou o time espanhol, assim como Williams fez com sua antiga banda.
Asamoah Gyan – Do anonimato para o estrelato, Gyan pode esquentar os bolsos para um ENORME upgrade salarial após essa Copa. Vindo do pouco badalado Rennes, da França, o ganense virou sensação da noite pro dia e já é uma das grandes revelações do mundial da FIFA. Surgindo assim, com um futebol que definitivamente não agrada a todos, só podemos comparar o fenômeno de Gana com o fenômeno pop do YouTube, Susan Boyle. Ele é meio “duro” no campo, não tem cara de astro de bola, não apresenta uma habilidade genial, mas é bem eficiente no que faz, além de ter simplesmente surgido da noite para o dia nas manchetes do jornalismo esportivo.
Forlán – Filho de peixe, peixinho é, certo? O grande craque do Uruguai é filho do também craque Pablo Forlán, campeão mundial e da Libertadores com o Peñarol em 1966, campeão paulista com o São Paulo e titular em três Copas com o Uruguai. Na música, Diego Forlán é um Beck dos gramados uruguaios. Filho do grande produtor musical David Campbell (Metallica, Linkin Park e Bon Jovi), o cantor americano teve seu nome muito mais conhecido que o do pai assim como Diego, muito mais famoso no futebol mundial do que seu pai, Pablo.
Paraguai – O time paraguaio não tem um destaque individual, mas tem um conjunto muitíssimo forte e bem armado. Sem Cabañas, baleado em janeiro, o grupo conta com a liderança de Santa Cruz e muito esforço coletivo nesta Copa 2010. Essa entrada do Paraguai no “clube dos grandes” é como a entrada de Shakira no mercado americano. Assim como a cantora, o futebol paraguaio já tinha mostrado a sua força em toda a América Latina, mas ficou conhecido no mundo inteiro com esse time da Copa. Essa classificação é como a evoluçao da cantora de Pies Descalços para She Wolf.