O resultado da Alemanha (4×0 na Austrália) deve ser considerado, mas não para colocá-la como principal favorita ao título. O grupo não é tão fácil. Terá de vencer a Sérvia, que joga cartada decisiva, para chegar a ultima rodada sem pressão.
A Holanda se impôs diante de um adversário muito mais qualificado, a Dinamarca, e ainda terá Robben. Vai crescer na competição.
Quem mais me agradou na primeira rodada foi a Argentina. O sistema defensivo ainda causa calafrios, mas o ataque resolve. Foi quem mais criou chances reais de gol.
A Itália empatou com o Paraguai e vai sofrer com a falta de opções, principalmente no ataque. A ausência de Buffon, contundido, é uma baixa sentida. Pirlo vira a esperança.
Goleiro é problema na Inglaterra, que deverá melhorar sua marcação com o retorno de Barry. Capello precisa colocar Rooney na área se quiser sonhar com vôos mais altos.
Time de uma nota só
A Espanha tropeçou contra uma equipe com bom histórico defensivo, a Suíça. A Fúria não conseguiu jogar. É provável que tenha mais facilidade contra o Chile, uma equipe que costuma atacar seus adversários.
Iniesta foi muito acionado, facilitando para os suíços. Praticamente todas as jogadas passavam por ele. É inadmissível um favorito não ter outras opções para começar uma jogada de ataque.
Aumentam as chances de um Brasil x Espanha nas oitavas-de-final. Seria um confronto espetacular que nos daria a real idéia de quem luta pela taça.
O Brasil não fez nada de diferente, reforçando a tese de que todos estão praticamente no mesmo nível. Kaká precisa estrear na Copa. A Costa do Marfim vai atacar, mas teremos mais oportunidades do que diante da Coréia da Norte.
Ponto para os sul-americanos que terminam invictos a primeira rodada. O Uruguai se aproximou muito do mata-mata ao praticamente eliminar a África do Sul de Parreira em um grupo equilibrado.
Não acredito que algum favorito deixe a Copa antes das quartas. As zebras têm data de validade.
(Colaboração: Raphael Prates)