O dinheiro movimentado pela chamada economia “subterrânea” correspondeu a 27,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2008, revelou um estudo divulgado na quinta-feira (14/05) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A “economia subterrânea” abrange a venda clandestina e ilegal de bens, produtos ou serviços que violam a fixação de preços ou as regras impostas pelo Governo, prática que ganha força em tempos de crise.
Tal prática, que vai desde a informalidade até a evasão fiscal, aumentou no Brasil, segundo o estudo, devido “ao crescimento da arrecadação”, que teve incidência de 55,5% no crescimento da economia subterrânea, e ao desemprego, com um grau de influência de 18,8%.
O relatório, elaborado a pedido do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), apontou também que “a excessiva burocracia e a corrupção” tiveram participação de 16,9% no aumento do índice, enquanto que a diminuição nas exportações em relação ao PIB influiu com 8,8%.
A crise mundial e a apreciação do real frente ao dólar levaram muitas empresas a violarem as normas impostas para as exportações por meio de vendas ilícitas e evasão de impostos, detalha o relatório.