O Conselho Federal de Psicologia (CFP) decidiu nesta sexta-feira (31) aplicar uma censura pública à psicóloga carioca Rosângela Alves Justino, que oferecia terapia para curar o homossexualismo masculino e feminino. Ela infringiu resolução do CFP, de 22 de março de 1999, na qual a entidade afirma que a homossexualidade “não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”.

O CFP manteve a punição que tinha sido aplicada à psicóloga pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. O presidente do CFP, Humberto Verona, explicou que a entidade não poderia agravar a punição, aplicando uma suspensão ou cassação do registro profissional, pelo fato de a própria psicóloga ter recorrido ao conselho.

A psicóloga, que atende no centro do Rio de Janeiro, diz que já “curou” cerca de 200 homossexuais. Inclusive, também afirmava que já curou centenas de pacientes nos 21 anos em que exerce a carreira.

A cassação de Rosângela foi pedida por diversas associações gay e também por 71 psicólogos de variados conselhos regionais. Há 10 anos, o conselho proíbe profissionais de tentarem curar a homossexualidade ou de tratarem ela como doença.

Evangélica, Rosângela também participa do Movimento pela Sexualidade Sadia, ligado às igrejas. Entretanto, a psicóloga afirma que nunca envolve religião em suas sessões terapêuticas.

Em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, Rosângela afirma que homossexualismo “é uma doença”. Sobre o seu tratamento, explica: “à medida em que a pessoa vai se submetendo às técnicas psicoterápicas, vai compreendendo porque ficou presa àquele tipo de comportamento e vai conseguindo sair”.

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