O Conselho de Guardiães do Irã admitiu nesta segunda-feira (22) que foram cometidas irregularidades durante as eleições do dia 12 de junho no Irã. As informações são do site do canal estatal de televisão Press TV.
Segundo cita o canal, o órgão assegurou que em 50 cidades votaram mais eleitores do que os inscritos, o que implica em mais de 3 milhões de eleitores, reconheceu o porta-voz do Conselho, Abbas-Ali Kadkhodaei.
Esta afirmação se produz em resposta às queixas apresentadas perante o Conselho pelo candidato conservador, Mohsen Rezaei.
O Conselho, integrado por seis clérigos e seis juristas, é o órgão máximo no processo eleitoral e é encarregado de validar os resultados apresentados pelo Ministério do Interior.
Os resultados oficiais apontam 62,6% dos votos ao atual presidente iraniano, o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, e ao líder opositor reformista, Mir Hussein Moussavi, 33,75% dos votos.
Moussavi não aceita estes resultados que levaram ao país protestos diários e confrontos entre a oposição e as forças de segurança que já deixou um saldo de 20 pessoas mortas, segundo dados oficiais.
A situação se agravou no último sábado (20) depois que pelo menos 13 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas por causa da repressão policial durante uma passeata de protesto da oposição na qual um número indeterminado de manifestantes foram detidos.