Lost sem o Dr. Jack Shepard? Batman sem o Coringa? X-Men sem Wolverine? Todas essas hipóteses parecem absurdas, mas estiveram bem próximas de acontecer.
O site cracked.com publicou uma lista com sete importantes personagens salvos na última hora: seus criadores quase desistiram deles.
Saiba quem são, porque estiveram perto de desaparecer e como a sobrevivência de cada um foi garantida:
Coringa (Batman)
Bill Finger, autor das primeiras histórias do Batman, achou que um vilão que fosse recorrente poderia sugerir que o herói não era lá muito competente. Afinal, que tipo de super-herói deixaria alguém tão perigoso quando o Coringa fugir toda hora? Por sorte, o editor da National Publications (que mais tarde virou a DC Comics), Whitney Ellsworth, não concordou. Ele disse a Finger que o vilão deveria continuar aparecendo. Heath Ledger, esteja onde estiver, agradece.
Jack Shepard (Lost)
Difícil acreditar, mas um dos protagonistas do seriado quase não passou do primeiro episódio. O criador da série, J.J. Abrams, queria que o médico fosse interpretado por Michael Keaton, e pensou que matá-lo logo de cara chocaria e prenderia a audiência, passando desde cedo a mensagem de que em Lost qualquer coisa pode acontecer. Os produtores, no entanto, acharam arriscado demais. No final das contas, Matthew Fox ficou com o papel e continua na série…sabe-se lá até quando.
Rambo
A história do veterano do Vietnã desprezado pelas autoridades americanas foi baseada em First Blood, de David Morrell. E, no livro, o protagonista morre no final. Só que, prevendo que o personagem poderia garantir uns trocados por muito mais tempo, Sylvester Stallone mudou tudo. O ator Kirk Douglas, que interpretaria o Coronel Trautman, ficou indignado e deixou a produção.
Spock (Jornada nas Estrelas)
Acredite se quiser, mas a rede americana NBC, que exibia a série, cismou que o personagem parecia com o diabo, e por isso deveria sumir. Quem salvou sua pele foi Gene Roddenberry, o criador do programa, que conseguiu convencer a emissora a deixá-lo ali, nem que fosse como coadjuvante. O argumento, imbatível, é de que o personagem aumentava a audiência, já que muitas mulheres assistiam Jornada nas Estrelas só por causa dele (e o pior é que era verdade).
Omar Little (The Wire)
O nome menos famoso da lista pelo menos aqui no Brasil é o de um fora da lei que já foi considerado pelo USA Today uma das 20 razões pelas quais ainda amamos televisão. Mas o plano original do criador do seriado policial, David Simon, era dar cabo nele no sétimo episódio. No entanto, o carismático ator Michael K. Williams se saiu tão bem que os produtores não tiveram coragem de matá-lo.
Wolverine (X-Men)
O coitado já nasceu errado: a primeira ideia foi de um wolverine de verdade (o animal mesmo, uma espécie de texugo) que, por alguma mutação misteriosa, se tornaria um adolescente. Mas alguém teve o bom senso de descartar essa opção e ele surgiu do jeito que o conhecemos. Só que, mesmo assim, durante um bom tempo foi um personagem secundário, sem grande sucesso. Até seus próprios criadores cogitaram abandoná-lo. O grande golpe de sorte de Wolverine foi sua nacionalidade: John Byrne, que assumiu os X-Men em 1977, teve que escolher entre ele e Thunderbird, já que os dois eram muito parecidos. Como Byrne também era canadense, sobrou para o pobre Thunderbird, que se deu mal em um acidente de avião.
Batman
Se Bill Finger (o mesmo do Coringa, ali em cima) não tivesse sido chamado para ajudar, Bat-Man poderia nunca ter vingado. O projeto original, apresentado em 1938 por Bob Kane, era bem diferente, a começar pelo uniforme vermelho e muito mais simples. Os editores da National Publications não gostaram muito, mas resolveram dar uma chance, com Finger como assistente. E foi ele que transformou Bat-Man no Cavaleiro das Trevas, com sua roupa cinza e preta, sua capa e máscara de orelhas pontudas e até seu bat-símbolo. Finger também criou Bruce Wayne, Robin e o primeiro lote de histórias do agora chamado Batman, já sem o hífen.
