A Polícia de Honduras informou na tarde desta quarta-feira (23) que um homem ferido nos distúrbios registrados em Tegucigalpa na noite da última terça-feira (22) morreu em um hospital da capital hondurenha.
O porta-voz da Polícia, Orlin Cerrato, disse a jornalistas que foi confirmada a morte de um homem não identificado e acrescentou apenas que as causas do ocorrido estão sob investigação.
Esta é a primeira morte oficialmente registrada em Honduras depois do retorno ao país do presidente deposto hondurenho, Manuel Zelaya, na segunda-feira (21). Desde então, ele está abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, que está cercada por centenas de policiais e militares.
Na terça, Zelaya disse ter informações que falavam de seis mortos no país desde seu regresso.
Segundo a Polícia, a versão do presidente deposto é falsa. As forças de segurança reconheceram apenas que um homem foi baleado na noite da terça durante os distúrbios ocorridos em vários pontos da capital de Honduras.
A mesma fonte anunciou que 113 pessoas foram detidas nas últimas horas por participar de atos violentos ou por não acatar o toque de recolher vigente até as 10h locais (13h de Brasília) e que será restabelecido às 17h locais (20h de Brasília).
Cerrato não confirmou se a pessoa que morreu é a mesma que ficou ferida na noite da terça, sobre a qual ele próprio tinha informado nesta quarta.
O Hospital Escola de Tegucigalpa já recebeu pelo menos 20 pessoas que se feriram em diferentes eventos violentos. Segundo uma fonte da instituição, o número de feridos já passa de dez.
Zelaya foi detido e expulso de Honduras em 28 de junho pelos militares. No mesmo dia, o Parlamento do país nomeou seu então presidente, Roberto Micheletti, para o lugar do chefe de Estado deposto. O atual Governo hondurenho não é reconhecido pela comunidade internacional.