A derrota da cidade de Madri para o Rio de Janeiro (66 votos contra 32) na escolha da sede para os Jogos Olímpicos de 2016 causou repercussão internacional na tarde desta sexta-feira (02/10). Muitos foram os argumentos para definir o porquê da derrota Espanhola. A equipe do VirgulaEsporte lista os 10 prováveis motivos que prejudicaram o projeto espanhol.
1- Falta de estrelas com alto perfil
A presença do atacante Raúl, do Real Madrid, bem que ajudou, mas não foi o suficiente para dar o apoio necessário á capital espanhola em Copenhague. As principais figuras esportivas do país (o tenista Rafael Nadal e o jogador de basquete Pau Gasol) viram a decisão à distância.
2- Rotação de continentes
As regras do Comitê Olímpico Internacional não afirmam que os Jogos não podem ser realizados em um mesmo continente de forma seguida, desde 1952, em Helsinki. Porém, a grande expectativa da primeira Olimpíada em solo Sul-Americano impulsionou ainda mais a derrota de Madrid.
3- Líderes políticos
A inigualável influencia política de Barack Obama e o carisma do Presidente Lula serviu como contrasta e tiveram papel decisivo na decisão da sede. O presidente da Espanha, Gobierno, sempre otimista, não foi o suficiente para que Madrid levasse as Olimpíadas de 2016.
4- Falta de peso no COI
A Espanha era o único país entre os quatro candidatos com somente uma pessoa que votaria na Assembléia, diferentemente das outras nações, com dois cada. Além disso, o Rio de Janeiro dividiu os votos latinos, que contabilizaram um total de 13 representantes.
5- Confusão com a dopagem
A candidatura de Madri sempre teve problemas com relação às regras e medidas anti-dopagem, e como este problema só foi sanado dias antes da decisão do COI, é mais um que prejudicou a campanha espanhola.
6- Suporte administrativo
Apesar das financias públicas apontarem um grande crescimento, os problemas entre as diversas administrações prejudicaram o projeto de Madri.
7- Apresentação do projeto
Muito criticado no penúltimo exame de apresentação do projeto, devido aos problemas para alcançar uma classificação de muita alta qualidade, os representantes de Madri-2016 não conseguiram uma evolução considerável para a demonstração de Copenhague.
8- Os últimos a sair da crise
O FMI ofereceu um prognóstico sombrio somente horas antes do momento
chave, ao assegurar que a Espanha seria o último grande país a sair da
crise mundial, causando assim uma péssima interpretação. Os dados do PIB, o desemprego e a saída da recessão não favoreciam. O Rio soube tirar proveito da potência brasileira, uma das economias emergentes junto com a Índia, Rússia e China.
9 – Eventos esportivos em baixa
A aposta para 2012 traduziu-se em eventos de primeira categoria (Eurobasket e Mundiais de judô, ciclismo e ginástica), uma lista grande. A tentativa continuou com a chegada do Masters 1000 ao Madrid Arena ou a final da Champions. O Rio, por exemplo, soube explorar esse fator, negativo a primeira vista. Dois anos depois do Mundial de Futebol haverá os Jogos Olímpicos.
10 – Herança de Barcelona
O êxito dos Jogos de Barcelona-1992 atrapalhou o projeto de Madri-2016, uma vez que nenhum país conseguiu organizar duas Olimpíadas em um prazo tão curto, a não ser os 12 anos que separaram Los Angeles de Atlanta.