A Microsoft deixou claro hoje, último dia da Conferência Mundial de Sócios da companhia, que está orgulhosa do Windows 7, versão do famoso sistema operacional que será lançada em 22 de outubro.
Reunidos em Nova Orleans, os principais executivos da empresa garantiram que os problemas que atrapalharam os primeiros passos do Windows Vista foram solucionados e que o futuro é mais que promissor.
Tanto a Microsoft como o setor de tecnologia apostam muito no Windows 7. Há motivos para isso. Um estudo divulgado ontem pela empresa de consultoria IDC mostrou que o lançamento do produto abrirá oportunidades de negócio de aproximadamente US$ 320 bilhões nos segmentos de hardware, software e serviços.
Apesar da crise, o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, está confiante. Para ele, o momento é de oportunidade para o setor de tecnologia da informação (TI), em geral, e para a Microsoft, em particular.
“A melhor forma de produtividade é a inovação. Ironicamente, isso significa que, hoje em dia, o valor da TI como negócio é maior do que nunca. Que indústria vai produzir essa inovação? Esta”, disse Ballmer no discurso que fez ontem na conferência.
A Microsoft está convencida de que o Windows 7 é tão bom e vai interessar tanto os consumidores que decidiu lançá-lo no mesmo dia em que serão inauguradas as lojas da empresa que competirão com as da Apple, anunciou ontem Kevin Turner, diretor de operações.
Por ora, o sistema operacional está sendo distribuído entre os fabricantes de computadores (como Dell, HP e Acer) para sua instalação nos PCs que estarão à venda nos próximos meses.
Numa entrevista à Agência Efe durante a conferência, Mike Nash, vice-presidente de Gestão do Windows, resumiu a satisfação da empresa com os resultados obtidos com as versões teste e RC (Release Candidate).
“Estou muito orgulhoso do Windows 7”, afirmou Nash, sem hesitar um só segundo. Segundo o executivo, o Windows 7 é diferente do Vista porque seus projetistas tiveram que “compreender as necessidades dos clientes e dos sócios” e “se certificar de que os aplicativos do Vista e do XP funcionariam” no novo sistema. “É nisso que estamos nos concentrando”, disse.
Apesar de insistir que as pesquisas realizadas indicam que a má impressão causada pelo Vista logo após seu lançamento não corresponde à experiência real dos usuários, a Microsoft reconhece que cometeu erros, principalmente em questões de compatibilidade.
“Agora temos duas definições”, declarou Nash. “A primeira é que um aplicativo é compatível quando quem o desenvolveu diz que é compatível. A segunda é que há vezes em que um aplicativo muito velho do XP não vai funcionar no Windows 7. Nosso trabalho é garantir uma nova versão desse aplicativo ou uma atualização que funcione com o Windows 7”, disse.
O resultado, segundo a companhia, é que os sistemas equipados com Windows 7 funcionam da mesma maneira ou melhor que os que tinham Vista, a ponto de a nova família de microportáteis – mais conhecidos como “netbooks” – conseguir executar o novo sistema, o que não acontecia com o Vista.
Como exemplo, Nash disse que em sua casa todos os computadores, com exceção de um, há meses funcionam com as versões beta e RC do Windows 7, apesar de sua mulher ter “uma política muito severa quanto à não instalação de versões que não sejam as finais”.
O que fez a mulher mudar de opinião, segundo Nash, foi a “simplicidade” do sistema.
“No geral, o melhor do Windows 7 é sua simplicidade. O Windows 7 simplifica os PCs. As respostas que tivemos sobre sua simplicidade são extremamente positivas. E minha mulher agora não consegue voltar ao Vista”, destacou o diretor.