Após 15 anos de carreira como banda especializada em apresentações
em eventos corporativos, os integrantes da banda fantasiada Quasímodo
investem finalmente em seu primeiro CD, intitulado Na
Hora, cujo lançamento acontece hoje (6), às 22h, no Rey
Castro, em São Paulo.
Com fãs como os pilotos Felipe Massa e Ricardo Maurício, a banda
acabou tocando na despedida de Michael Schumacher da Fórmula 1,
durante uma festa da escuderia Ferrari. E foram parar ainda em um
sítio português, onde tocaram com Lionel Ritchie
e Gipsy Kings. César Sartori, baterista do grupo, conversou com o Virgula sobre a
nova fase.
Após 15 anos de shows em festas corporativas, por que só
agora resolveram lançar um CD?
Um pouco por comodismo, pois tínhamos um volume bom de shows de
eventos e fica difícil parar e compor (não receber $), acabamos
quase sempre que investindo onde já dava certo. E também
por que era muito difícil passar nossa energia e descontração
de palco para o CD. Sempre nos destacamos no palco, com
interatividade e sendo sempre espontâneos e sinceros na diversão (no
caso, nossa). Daí a necessidade de um produtor. O Tchorta já nos
conhecia e sempre acreditou em nosso potencial, tivemos uma
empatia muito grande (mesmo ele sendo conhecido por sucessos com
músicas eletrônicas, como com seu irmão Gui Boratto) e foi um
trabalho de quase um ano, pesquisando sons e conceitos. Acho que ao
final tivemos a impressão de acertamos na parceria.
Como vocês costumam imaginar e conceber as versões de
músicas que criam?
Sempre tem alguém que trás uma ideia inicial de música ou letra.
Não existe um regra. Este CD foi feito quase que sua maioria em
reuniões coletivas na casa de nosso produtor Tchorta
Boratto. Foram várias sessões nas quais tínhamos bases e
algumas vezes harmonias feitas, em cima das quais evoluíamos, sempre
com liberdade de todos. Algumas foram parcerias com amigos músicos,
como E.T., letra da cantora Alana, e Central
de Relacionamentos, letra de um grande amigo e
ex-integrante da banda, Gui Afif.
Como foi tocar na festa da Ferrari em que rolou a despedida
do Michael Schumacher da Fórmula 1?
Fomos chamados pela Rafaela esposa do Felipe Massa e descobrimos que
ele já conhecia e gostava da banda. Recentemente, no casamento do
piloto da Stock Car Ricardo Maurício (atual campeão),
re-encontramos o Felipe Massa e tivemos oportunidade de entregar, em
primeira mão, o nosso CD. Para o show de lançamento de hoje, já
está confirmada a presença do piloto Paulo Salustiano, ganhador da
primeira edição deste ano, realizada na semana retrasada, conhecido
também da banda. Quanto ao Schumacher tivemos um contato durante o
show, no qual foi muito simpático, interagindo em todos momentos em
que foi “solicitado”, subindo no palco, colocou peruca,
óculos, dançou e demonstrou enorme simpatia com a banda. Temos um
vídeo em nosso MySpace com imagens do show e sua participação.
Em que outros grandes eventos corporativos vocês já se
apresentaram?
Um dos mais marcantes foi tocar em Portugal, no Algarves, para o Sr.
Vasco Pereira Coutinho, Vice-Presidente da Audi, Volkswagen Seat, na
Europa. Este show aconteceu em 2000. Tocamos em sua propriedade (sua
quinta, como chamam um sítio em Portugal) logo depois de
Lionel Ritchie e Gipsy Kings,
festa muito comentada na época por jornais europeus. Tocamos também
no aniversário de Valéria Maza, modelo argentina, residente na
Espanha; foi em Punta Del Leste, onde acabamos fazendo algumas
temporadas e outros eventos (Diagio, Revista Ola, canal Sony Latino).
De onde surgiu a ideia de vestir fantasias?
A banda nasceu em uma Festa de Halloween da Faculdade de Direito do
Largo São Francisco (USP) e foi a famosa brincadeira que deu certo.
Vestíamos roupas velhas ou fora de contexto, tínhamos uma mala com
doações de avós, tias, entre outros, que levávamos de show em
show. Conforme as coisas evoluíram, tivemos que aposentar a mala e
passamos a desenvolver figurinos. Atualmente, usamos um feito pelo
Gardin, mesmo figurinista dos filmes Castelo Rá-Tim-Bum
e Ensaio Sobre Cegueira, mas para o CD quem
desenvolveu foi a Paula Valéria, recém-chegada de Nova York, onde
trabalhou em algumas montagens da Broadway.
Por essa razão, há comparações com Mamonas Assassinas?
Se sim, como reagem a elas?
Na época, a comparação existia. Chegamos até a nos encontrar na
cidade de Mococa, mas ao verem o show, as comparações paravam nas
fantasias. Quando fomos residentes do antigo e saudoso Blen Blen por
sete anos, recebemos a visita da irmã do Dinho, cantor do Mamonas.
Ao final do show, ela veio nos conhecer, disse que gostou muito do
show e que éramos parecidos com eles na alegria e diversão de
palco, opinião compartilhada por nós.
Por que “Quasímodo”?
Porque ele é feio, tosco e bizarro, mas é bonzinho! De início,
causamos “estranheza” pelas roupas (hoje figurinos ), mas
depois demonstramos que somos músicos que se divertem fazendo o que
mais gostam: tocar.
QUASÍMODO LANÇA NO AR EM SÃO PAULO
Quando: 06/04/2009, às 22h
Onde: Rey Castro Cuban Bar – Rua Min. Jesuíno Cardoso, 181
Quanto: R$ 20 (com direito a um CD da banda)
Informações: 11-30444383