A indústria aérea se comprometerá a recortar em 50% as emissões de dióxido de carbono para 2050, segundo um acordo alcançado entre as companhias aéreas e que será apresentado nesta terça (22) na cúpula sobre mudança climática nos EUA.
Assim afirma o jornal britânico The Guardian, que indica que o acordo pode impulsionar a subida dos preços das passagens aéreas e dar passagem a uma corrida pela tecnologia ecologista entre os fabricantes de aviões.
O executivo-chefe da British Airways (BA), Willie Walsh, dará a conhecer este acordo – alcançado entre as companhias aéreas, os aeroportos e as empresas que fabricam aeronaves – aos líderes que se reunirão em Nova York na cúpula sobre mudança climática.
O acordo estabelece a redução em 50% das emissões para 2050 frente aos níveis de 2005 e a diminuição das emissões de dióxido de carbono em 1,5% ao ano na próxima década.
Por ocasião desta reunião, o ministro britânico do Meio Ambiente, Ed Miliband, diz ao jornal que o persegue a ideia que os políticos não possam chegar a um acordo sobre o problema da mudança climática e pede um espírito de cooperação nas negociações de cara à cúpula de Copenhague.
“A sorte de cada nação da Terra depende do resultado de Copenhague”, destaca Miliband.
“The Guardian” diz que se a proposta de Walsh é aceita, estará na agenda de Copenhague, onde os líderes de todo o mundo esperam concordar objetivos sobre redução de emissões.
A apresentação que fará Walsh em Nova York, em nome da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), será vista como uma tentativa de evitar medidas punitivas em Copenhague.
“As emissões da aviação internacional não estavam incluídas no Protocolo de Kioto há 12 anos. Agora temos uma oportunidade de retificar essa omissão e devemos aproveitá-la. Nossas propostas representam medidas práticas e ambientais muito efetivas de reduzir o impacto do carbono da aviação. Elas supõem a melhor opção para o planeta e pedimos à ONU que as adote”, afirmará o executivo-chefe de BA.