No final da tarde de terça-feira (22), o Brasil recebeu uma notícia que já era esperada faz bastante tempo: foi classificado como grau de investimento pela agência de classificação de risco Moodys, que se juntou à Standard & Poors e Fitch Rating, que deram o mesmo status ao país no ano passado.
Quando uma agência classifica um país como grau de investimento, está recomendando investimentos naquela nação, sejam de pessoas físicas ou de grandes fundos. Agora, as três principais classificadoras de risco aprovam aportes na economia brasileira.
Afinal de contas, o que isso muda de verdade na vida dos brasileiros?
Com o grau de investimento as empresas e o governo brasileiro têm uma redução no custo de suas dívidas, o que viabiliza novos investimentos, contratações e arrecadação de impostos. Tudo isso tem o poder de aumentar a oferta de emprego e renda da população.
Sendo um país considerado seguro para investir, essa nova classificação pode trazer também recursos de fundos de pensão e de investimento estrangeiros, o que faz com que empresas brasileiras tenham condições de captarem mais dinheiro por meio da venda de novas ações no mercado.
No entanto, pode acontecer também um lado negativo. A maior entrada de recursos externos no Brasil tende a derrubar a cotação do dólar. Com isso, produtos estrangeiros chegarão mais baratos no país, concorrendo fortemente com a indústria nacional. O real fraco também diminui a competitividade do setor exportador brasileiro. Neste cenário mais pessimista, podem acontecer demisssões.