A cúpula da ONU sobre mudança climática, destinada a reduzir as emissões de gases do efeito estufa, foi inaugurada nesta segunda-feira (7), em Copenhague, pelo primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.
A maior reunião já realizada sobre o aquecimento global, que reúne 15 mil pessoas, delegados de 192 países, ambientalistas e ONGs, se propõe a superar a grande brecha entre países ricos e pobres para combater os efeitos das emissões de CO2 nas próximas décadas.
A cúpula, que começou com um atraso de quase uma hora, foi aberta por Rasmussen, que disse na sessão plenária que o mundo confia nos participantes para conseguir um acordo e que os líderes “não vieram a Copenhague só para falar, mas para agir”.
“Precisamos de um acordo que satisfaça a todas as partes e que seja, além disso, forte e ambicioso”, afirmou o primeiro-ministro dinamarquês, após lembrar que virão a Copenhague 110 chefes de Estado e de Governo, no que considerou a maior mobilização para combater a mudança climática.
Até 18 de dezembro, mais de 100 líderes, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o americano Barack Obama, além de governantes da União Europeia, China, Índia, Austrália e de outros países, irão a esta reunião para falar do financiamento ao combate à mudança climática.
Quase ninguém acredita que a cúpula terminará com um documento juridicamente vinculativo sobre a redução de emissões, como exigiram os mais afetados pelas devastadoras consequências do aquecimento global.
Um compromisso vinculativo para reduzir em até 40% as emissões até 2020 ficará adiado até meados do próximo ano, segundo os organizadores das Nações Unidas.
China e Estados Unidos, os dois países mais poluentes do mundo, com 40% das emissões de CO2, vão a Copenhague com uma proposta de reduzir a poluição, assim como Brasil e Indonésia.
A União Europeia quer diminuir as emissões em 20% até 2020, frente aos valores de 1990, porcentagem que poderiam aumentar para 30% se os outros países melhorassem a oferta.
As energias renováveis, que a UE oferece para ampliar em 20% até 2020, serão também examinadas pelas delegações, como alternativa aos combustíveis fósseis.