Um banco de tipologia de lavagem de dinheiro deve começar a funcionar em maio para facilitar a identificação de modos e condutas criminais. Os últimos detalhes para implementação do sistema foram discutidos na primeira reunião deste ano do Grupo de Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, informou o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior.
Segundo Tuma, o banco de dados será administrado pela Secretaria Nacional de Justiça e poderá ser acessado por todos os órgãos direta e indiretamente envolvidos no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro e corrupção.
[O banco] vai agilizar e facilitar a investigação, vai dar um norte para que esses órgãos conheçam modos de agir de quadrilhas no Brasil inteiro e também no exterior É uma ação muito importante, que vai se traduzir em resultado mais efetivo de celeridade na ação da Justiça, afirmou o secretário.
Tuma explicou que o banco de dados funcionará com base em formulários complexos, que cada um desses orgãos preencherá descrevendo a tipologia dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro que já encontrou. Muitas vezes, eles deparam com uma situação nova numa investigação, mas agora poderão ver no banco de dados se algum orgão já investigou conduta semelhante a essa. Ali ele vai encontrar o resultado de um caso semelhante e poderá balizar a sua ação.
De acordo com o secretário, o objetivo final do trabalho é mudar a filosofia e realizar ações de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro de forma completa, resgatando o dinheiro lavado. Não se deve só prender e processar. É preciso bloquear o recurso financeiro da organização criminosa, impedindo que ela se refinancie e financie novas ações. Precisamos bloquear o recurso financeiro e, num segundo momento, fazer a repatriação, para trazer de volta para os cofres públicos o dinheiro subtraído, acrescentou.
Ações de combate à lavagem de dinheiro na compra de gado e de combustíveis também fazem parte da agenda do Grupo de Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro para este ano.
Além disso, o grupo está se preparando para participar do 12º Congresso das Nações Unidas de Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, que será realizado no ano que vem no Brasil. Muitos dos temas que estão pautados para o ano que vem são ações nossas do cotidiano: poderemos apresentar uma avaliação muito positiva do Brasil, afirmou Tuma.
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