Das atuais 38 diretorias do Senado apenas nove permanecerão a partir da implementação da reforma administrativa em estudo pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A informação é do primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), que se reuniu nesta quarta-feira (8) com técnicos da fundação e com o presidente José Sarney (PMDB-AP) para discutir a proposta de reforma apresentada pelos servidores da Casa.
De acordo com Heráclito, a redução nos custos com pagamentos de funções comissionadas pode chegar a 40%, mas ele não soube detalhar como isso ocorrerá. Os técnicos da FGV pediram um prazo de 20 dias para analisar e conciliar o estudo apresentado pelos funcionários da Casa à reforma pretendida pela fundação.
Segundo o primeiro-secretário, assim que a FGV apresentar o estudo definitivo, a implementação será imediata, o que pode ocorrer no início de agosto. Os servidores apresentaram uma versão mais branda de mudanças em relação à proposta da Fundação Getulio Vargas.
No caso da redução dos atuais 602 cargos de diretorias e chefias, a FGV quer manter 412, um corte de 31,6%. Os servidores propuseram cortar 26,4% das diretorias e chefias, o que representaria preservar 443 funções gerenciais.
Para o primeiro-secretário, os números apresentados pelos servidores não diferem tanto da proposta feita pela fundação. Ele reconheceu que os cortes nos cargos de gestão seriam menores, “mas bem próximo”, com uma diferença menor que 10% entre um e outro estudo.
“O importante é que, com essas sugestões, a gente chegue ao numero ideal para o Senado”, disse Heráclito.
Em números absolutos, a FGV vai sugerir ao Senado o corte de 2,4 mil funcionários comissionados e terceirizados. A Casa emprega cerca de 3.000 comissionados, 3.500 terceirizados e 3.500 concursados.