O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) disse nesta quinta-feira (16/04) em audiência da Comissão de Relações Exteriores do Senado que rejeita a entrada da Venezuela no Mercosul devido aos métodos de seu governante, Hugo Chávez, a quem insinuou que falta “educação”.

“É necessário discutir a entrada da Venezuela no Mercosul, quando o país é presidido por Hugo Chávez”, sustentou o senador, que governou o Brasil entre 1990 e 1992, quando renunciou em meio a um escândalo de corrupção.

Collor lembrou que há dois anos o presidente venezuelano referiu-se de forma depreciativa ao Congresso brasileiro, especialmente ao Senado, e sustentou que “essas ofensas não correspondem ao nível de educação que deve haver nas relações diplomáticas”.

Ele também manifestou sua “preocupação” pelo que chamou de “instabilidade política” em alguns países vizinhos do Brasil – que não citou – pela qual responsabilizou a Chávez.

Como Collor de Mello, muitos senadores brasileiros ainda lembram de quando, em 2007, o presidente venezuelano os chamou de “papagaios que repetem o que Washington diz”.

Chávez reclamava, então, de críticas ao seu Governo e pela demora no Congresso brasileiro em discutir o tratado de adesão da Venezuela ao Mercosul como membro pleno, que foi aprovado pelos Governos de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai em 2006.

Esse tratado, até agora, só foi ratificado pelos Congressos da Argentina e Uruguai, por isso a Venezuela ainda não faz parte do bloco com poder de voz e de voto.

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), presidente da comissão, lembrou que as ofensas de Chávez se deram em resposta às críticas de alguns parlamentares brasileiros à sua negativa em renovar a concessão da emissora de oposição “Radio Caracas Televisión (RCTV)”.

Segundo Azeredo, o presidente venezuelano ainda “deve pelo menos uma explicação” ao Senado brasileiro.


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Collor rejeita Venezuela no Mercosul enquanto Chávez governar

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