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Seguindo a tradição de shows que começam pontualmente na hora, o Sesc Pompéia apresentou hoje (8) o primeiro show do projeto Toca Aí, que traz grupos brasileiros tocando clássicos do rock internacional.

A abertura do projeto ficou por conta do coletivo Instituto, já famoso no circuito de shows paulistano por suas apresentações vigorosas que reúnem o melhor do jazz, do hip hop, do soul e do funk. O grupo ficou responsável por uma tarefa difícil: reinterpretar os clássicos da banda inglesa Pink Floyd.

O público presente no Sesc Pompéia estava com a seguinte dúvida: o Instituto pretendia basear sua apresentação em um repertório repleto de hits e seguindo a estrutura tradicional das canções ou a intenção era trazer novos ritmos e sonoridades para as faixas?

O grupo respondeu com uma bomba: fugindo de hits como Time, Us and Them e Shine On You Crazy Diamond, o Instituto escolheu canções de álbuns pouco conhecidos do grupo, além de acrescentar muito groove, dub e toques de jazz.

Com Fernando Catatau e Regis Damasceno (ambos do Cidadão Instigado) na guitarra, Marcos Gerez, do Hurtmold, no baixo, Samuel Fraga na bateria e Daniel Ganja Man nos teclados, piano e vocal, o Instituto mostrou confiança e virtuosidade na execução de canções difíceis como Have a Cigar (do álbum Wish You Were Here, de 1975) e Remember a Day (do álbum A Saucerful of Secrets), além de mandar bem em clássicos do álbum Dark Side of The Moon, como Brain Damage e Speak To Me/Breathe.

E o Instituto não economizou na hora de arriscar – pulando o repertório de álbuns conhecidos como Animals e The Wall, o grupo resolveu selecionar duas músicas (Cymbaline e Green Is The Colour) da trilha sonora do filme francês Morre, lançada em 1969 e talvez a empreitada mais obscura do Pink Floyd.

E foi nessas faixas, principalmente, que o show do Instituto, além de confirmar a qualidade e a versatilidade de seus músicos, colocou mais uma vez sob os holofotes o talento de Fernando Catatau, que acaba roubando a cena em praticamente todos os shows que participa. O guitarrista não poupa energia, tocando de maneira apaixonada (e exagerada) todas as músicas, como se cada uma delas fosse o encerramento do show.

Ao chamar para o palco os músicos Guizado, Marcelo Soares e Paulinho, o grupo fez uma versão emocionante da música Summer 68, do álbum Atom Heart Mother, e fechou o show com um número conjunto dos músicos homenageando o Pink Floyd.

O projeto Toca Aí continua nas próximas semanas com Forgotten Boys tocando Rolling Stones, The Mockers tocando Beatles e Vanguart tocando Bob Dylan.


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Coletivo Instituto apresenta canções pouco conhecidas do Pink Floyd em show competente no Sesc Pompéia