Os clubes da primeira divisão do futebol argentino somam quase 700 milhões de pesos (US$ 184,2 milhões) em dívidas, o que motivou o adiamento do início do Torneio Apertura.
O valor foi revelado em um relatório feito hoje pelo jornal local “La Nación”, com base na soma dos passivos de todas as instituições de acordo com os balanços aprovados da temporada 2007/08.
Os clubes devem no total 698.595.165,4 pesos (US$ 183.840.832), mas os balanços deste ano podem refletir passivos até 20% maiores por causa das projeções negativas do mercado de transferências e da crise financeira mundial.
O Boca lidera a lista com uma dívida de 109.775.018 pesos (US$ 28.888.162), seguido pelo River Plate, com 106.820.317 pesos (US$ 28.110.609).
E a situação pode piorar: o Boca, por exemplo, terá até o fim do ano um prejuízo de entre 8 e 10 milhões de pesos (de US$ 2 a 2,6 milhões), segundo as projeções do jornal. Os balanços também indicam, no entanto, que os clubes tiveram lucro de 93 milhões de pesos (US$ 24,4 milhões) na temporada passada.
Os principais credores das instituições são a federação argentina de futebol (AFA, em espanhol), o Fisco e os jogadores – estes últimos exigem o pagamento de aproximadamente US$ 10,5 milhões para começar o Apertura, previsto para o dia 14.
“A federação não tem como ajudar porque já deu todos os seus bens aos clubes. Estamos pobres, assim como eles”, afirmou José Luis Meiszner, secretário-executivo da entidade, no último sábado.