O governo chinês anunciou nesta quinta-feira (26) que vai se comprometer a reduzir entre 40% e 45% a intensidade energética (emissão de dióxido de carbono por unidade de PIB) em 2020 em relação aos níveis de 2005.
Entre 2006 e 2010, a China tinha se comprometido a reduzir esta intensidade energética em 20% – o que equivale, segundo especialistas, a 1,5 bilhão de toneladas de CO2 -, por isso o novo compromisso, que chega 10 dias antes da cúpula sobre o clima em Copenhague, representa dobrar os esforços do país mais poluente do mundo junto aos EUA.
Em comunicado através da agência oficial Xinhua, o Conselho de Estado (Executivo) afirmou que o compromisso “é uma ação voluntária do governo chinês, levando em conta suas atuais condições nacionais” e qualificou de “grande contribuição à luta internacional contra a mudança climática”.
A intensidade energética é um conceito um pouco mais vago que uma redução concreta de emissões, o que permite ao governo chinês uma maior margem de manobra, e também não está claro se Pequim alcançará em 2010 esse objetivo de 20% que tinha prometido em seu Plano Quinquenal.
O anúncio da China ocorre após um ano de negociações, especialmente com os EUA, para que o país asiático assumisse mais compromissos na luta contra a mudança climática, apesar de, por ser um país em desenvolvimento, não ser obrigada a reduzir emissões, de acordo com o Protocolo de Kyoto.
O presidente da China, Hu Jintao, já tinha antecipado em setembro que a China reduziria sua intensidade energética na próxima década “em uma longa margem”, mas o número concreto tinha sido uma incógnita até hoje.